Sena Martins nega "categoricamente" denúncias de assédio sexual no CES
O investigador é um dos visados do artigo em que foram denunciadas situações de assédio no centro de investigação em Coimbra.
© Getty Images
País Assédio sexual
O investigador Bruno Sena Martins defendeu-se esta quarta-feira das denúncias feitas contra si num artigo sobre assédio sexual no Centro de Estudos Sociais (CES), um órgão de investigação ligado à Universidade de Coimbra, negando "categoricamente" as acusações de que é alvo.
Em resposta à SIC, Sena Martins, que foi vice-presidente do conselho científico do CES entre 2017 e 2019, disse que as denúncias contra si, por parte de três ex-investigadoras do centro, são "insinuações grosseiras".
O investigador e docente de doutoramento garantiu ainda à emissora que vai procurar responder na justiça às denúncias.
Bruno Sena Martins é um dos visados das denúncias feitas por Lieselotte Viaene, Catarina Laranjeiro e Miye Nadya, três antigas investigadoras no CES que escreveram sobre situações de assédio sexual e encobrimento de denúncias na instituição, num artigo intitulado 'The walls spoke when no one else would' (do inglês 'As paredes falaram quando mais ninguém o fez').
O texto é um capítulo de um livro sobre assédio sexual na academia e foi publicado na Routledge, uma das mais importantes editoras académicas na área das Ciências Sociais.
Apesar do rosto mais famoso das acusações ser o de Boaventura Sousa Santos, sociólogo e professor catedrático que está no CES desde a sua fundação, é sobre Sena Martins que surgem as acusações mais graves, com as três mulheres a afirmarem que terá convidado alunos para jantares em sua casa, nos quais tinha conversas desagradáveis, e que perseguiu uma das investigadoras.
Sena Martins e Sousa Santos não foram identificados pelo seu nome, mas antes pelas alcunhas de 'Professor Estrela' e o 'Aprendiz', respetivamente. Os seus currículos descrições correspondem aos dos investigadores e, ao Diário de Notícias, Sousa Santos e Sena Martins reconheceram a descrição feita pelas mulheres.
Também Boaventura Sousa Santos negou quaisquer situações de assédio, queixando-se estar a ser vítima de "cancelamento".
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