Deter piratas informáticos é missão (quase) impossível
A Polícia Judiciária e o Ministério Público têm dificuldade em responder a ataques informáticos a páginas institucionais. Desde 2011 que este fenómeno tem crescido mas até hoje ninguém foi detido, recorda o Diário de Notícias.
© Reuters
País Cibercrime
Os piratas informáticos têm cada vez mais atenção e sucesso. Os ataques vêm habitualmente de servidores estrangeiros, o que dificulta as investigações.
Um computador com ligação à Internet, motivação e capacidade para levar a cabo o ataque pode ser o suficiente. E ainda que o ataque informático seja feito a partir de Portugal, o facto de, virtualmente, esse ataque poder vir de qualquer canto do mundo faz com que seja muito difícil localizar e identificar um suspeito.
Desde 2011 que grupos organizados se têm dedicado a ataques informáticos, em particular a páginas online de grandes empresas e instituições públicas.
Nos últimos anos houve ataques informáticos particularmente mediáticos, como a revelação de nomes e dados pessoais de elementos da PSP (2001) mas também de árbitros de futebol, após um ataque bem-sucedido ao site da Associação Profissional de Árbitros de Futebol (2012). Ontem mesmo o site da Procuradoria de Lisboa mantinha-se “em baixo”, com a procuradora-distrital de Lisboa, Francisca Van Dunem, a adiantar ao Diário de Notícias que o site se mantinha “desligado preventivamente”, enquanto os técnicos procuravam colmatar eventuais falhas no sistema.
A acompanhar este fenómeno verifica-se também a impotência das autoridades em identificar os responsáveis pelos ataques. Apesar do aumento do número de ataques, os meios de resposta à disposição da Polícia Judiciária e do Ministério Público mantêm-se inalterados, acrescenta o Diário de Notícias.
Habitualmente, estes ataques são combinados em fóruns online, em que se incita à tentativa de intrusão num dado sistema. O acesso é, muitas das vezes, conseguido por “’saturação’ do sistema alvo de ataque, o qual acaba por ceder perante inúmeras tentativas de acesso. É então que alguns podem aceder e recolher informações do sistema-alvo.
Recentemente, a diretora do DIAP Lisboa, Maria José Morgado realçava, num artigo no Expresso, que além da “falta notória de recursos” havia também um “quadro legal confuso”, que facilitavam a impunidade deste tipo de ataques.
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