Se dados de refugiados tivessem sido divulgados, Costa teria sido avisado
O secretário-geral do Sistema de Segurança Interna, Paulo Vizeu Pinheiro, garantiu hoje que o primeiro-ministro teria sido informado caso os dados dos refugiados ucranianos em Portugal tivessem passado para o exterior.
© Embaixada de Portugal na Rússia
País Setúbal
Numa audição no parlamento a propósito do caso do acolhimento de refugiados da guerra na Ucrânia na Câmara de Setúbal, alegadamente, por apoiantes do regime russo, Paulo Vizeu Pinheiro considerou este caso como "singular", sublinhando que está a ser investigado pela PJ.
No entanto, sustentou que se se confirmar que houve "esse uso indevido [de dados] e que foram passados a um país terceiro" será "um caso de espionagem" e, neste sentido, o Sistema de Segurança Interna tem "uma responsabilidade", embora sejam acompanhado pelo serviço de informação.
Paulo Vizeu Pinheiro sublinhou também que caso a situação que está a ser investigada se confirmar "é extremamente grave" e se os dados foram transmitidos "é ainda mais grave".
Perante a pergunta do deputado do BE Pedro Filipe Soares se "o primeiro-ministro tivesse que receber informação ela teria chegado", o secretário-geral respondeu: "estando o mecanismo a funcionar, as entidades que tem de conhecer, no meu caso dependendo diretamente do primeiro-ministro, teriam conhecimento".
Durante a audição, Paulo Vizeu Pinheiro resguardou-se no segredo de Estado e de Justiça para não avançar com mais informações, mas garantiu que o mecanismo de segurança interna está a funcionar.
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