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Louçã considera que "Governo fez um Orçamento preguiçoso"

O bloquista considerou que Governo fez um Orçamento preguiçoso ao apresentar "documento como estava em outubro".

Louçã considera que "Governo fez um Orçamento preguiçoso"
Notícias ao Minuto

23:50 - 29/04/22 por Marta Amorim

Política Francisco Louçã

Francisco Louçã, abordou, esta sexta-feira, no seu espaço de comentário habitual na SIC Notícias, o Orçamento do Estado, aprovado hoje na generalidade, começando por recordar que este é o "primeiro dia de mandato deste Governo com as suas capacidades plenas". 

"O Governo fez um Orçamento preguiçoso, apresentou o documento como estava em outubro, acrescentou algumas medidas neste contexto, mas na verdade não se deu sequer ao trabalho de fazer esse ajustamento de tabelas e projeções", considerou. 

O antigo dirigente do Bloco de Esquerda alertou que, apesar das condições políticas de maioria absoluta, a governação não vai ser o que António Costa esperava por que o "contexto social e político mudou" por causa da guerra na Ucrânia.

"Pode haver uma queda de receitas pela contenção do consumo"

Na sequência das notícias sobre a inflação, Louçã abordou o aumento de pobreza em Portugal. Mostrando dados da inflação referentes a março, referiu que os produtos alimentares aumentaram 7,2 %, os óleos alimentares 32,2%, os produtos hortícolas 6,7%, o gás 18%, os combustíveis líquidos 51% e a eletricidade 5,3%. 

Sobre as críticas ao Orçamento em como há alíneas de despesas do Estado que não estão atualizadas a pensar na evolução da inflação - e que a situação poderá levar a um orçamento retificativo mais cedo do que o esperado - o economista disse crer ser pouco possível.

"Pode haver uma queda de receitas pela contenção do consumo, e nesse caso não se registarem as receitas de imposto, sobretudo o IVA", alertou, acrescentando que pode haver outro tipo de despesas obrigatórias sociais de proteção "se houver algum desemprego provocado por esta contração económica".

Ataques a Kyiv com Guterres na cidade são "sinal político de grande gravidade"

O comentador abordou ainda a viagem do secretário-geral da ONU, António Guterres, a Moscovo e Kyiv, dizendo que "esperou para fazer a viagem" e que "porventura esperava poder estabelecer alguma ponte", mas que os "calendários só aceleraram a distância diplomática entre Kyiv e Moscovo". 

"É hoje impossível conseguir uma aproximação, a guerra tem continuado a distanciar e não há paz possível organizada neste contexto. Guterres tentou fazer essa ponte".

Sobre os bombardeamentos, considera que o secretário-geral da ONU teve o cuidado de dizer que estes, ocorridos quase em simultâneo com a conferência de imprensa que deu com Zelensky, não eram propriamente um "ato de agressão às Nações Unidas", mas Louçã admite que foram "um sinal político de grande gravidade". 

Afirmou ainda que o 'corte' de gás à Polónia e à Bulgária é "um aviso para toda a União Europeia" e que a lógica política da guerra determinará "o corte dos fornecimentos do gás "com um efeito económico tremendo sobre alguns países, em particular a Alemanha.

Leia Também: Orçamento do Estado para 2022 aprovado na generalidade

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