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"O ataque a Kyiv chocou-me" porque a cidade é "sagrada", admite Guterres

O secretário- geral da ONU, disse estar chocado com os recentes ataques, e que a cidade deve ser "sagrada" e "poupada". 

"O ataque a Kyiv chocou-me" porque a cidade é "sagrada", admite Guterres

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, está em Kyiv, onde esteve reunido com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

Esta quinta-feira, em entrevista à RTP, pouco depois dos novos ataques a Kyiv, o secretário- geral da ONU, disse estar chocado com os recentes ataques, não por estar lá, mas porque a cidade deve ser "sagrada" e "poupada". "O ataque a Kyiv chocou-me", reiterou. 

Após a conferência de imprensa de António Guterres e Volodymyr Zelensky, em Kyiv, a capital ucraniana foi palco de duas explosões. Os acontecimentos decorreram enquanto a conferência, que foi gravada, estava a ser transmitida pelas televisões.

Mais uma vez, amanhã não haverá corredor humanitário para Mariupol, e Guterres disse que está é uma "operação extremamente complicada" uma vez que os civis" vão ter de atravessar uma das linhas de confronto". 

"Esta é uma operação que já falhou muitas vezes e quero ter a certeza absoluta de que desta vez, se conseguirmos, será feita em toda a segurança", disse, frisando que a complexidade operacional é um entrave. 

"Trata-se de pessoas que estão nas catacumbas, como se sabe, com milícias ucranianas, e têm que sair para uma zona onde está o exército russo", diz, reiterando estar a fazer tudo para que tal extração seja feita.

Questionado pelo jornalista se o entrave envolve o batalhão Azov, Guterres recusa-se a dizer "algo que atrapalhe aquilo que está a ser feito". "Eu preciso da colaboração de todos", frisou. 

O secretário-geral disse não estar arrependido de não ter chegado ao terreno mais cedo, dizendo que tem estado "ativíssimo". "Este era o momento em que eu tinha a chance de dar um contributo positivo", diz, lamentando uma "feira de vaidades" em torno da situação da guerra. 

Assim que teve oportunidade, como diz, "escreveu aos dois presidentes". "Como vê está a trabalhar-se em alguma coisa de concreto. Pode ser que não consigamos, mas pelo menos, pela primeira vez, se está a trabalhar a sério, com os dois lados, para salvar pessoas".

Não querendo comentar ou legitimar os ataques ucranianos à Rússia, diz que condena a guerra, que é "inaceitável".  Questionado sobre o facto de o conflito poder escalar para uma III Guerra Mundial, diz que a "possibilidade prática é completamente inconcebível".  

A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro, desencadeando uma guerra que provocou um número de baixas civis e militares ainda por determinar. A ONU confirmou na quarta-feira que pelo menos 2.787 civis morreram e 3.152 ficaram feridos, mas manteve o alerta para a probabilidade de os números serem consideravelmente superiores.

Leia Também: Kyiv teme que Putin queira celebrar uma vitória no leste até 9 de maio

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