Ucranianos acolhidos em Portugal ficaram em casa de amigos ou familiares
A esmagadora maioria dos ucranianos que fugiram da guerra e chegaram a Portugal foram acolhidos em casa de amigos ou familiares que já residiam no país, disse hoje a secretária de Estado da Administração Interna.
© Getty Images
País Ucrânia
"A esmagadora maioria das pessoas que estão a chegar a Portugal estão a ficar instaladas em casa de amigos e de familiares. Até esta situação tínhamos uma comunidade ucraniana de cerca de 28.000 pessoas que se desmultiplicou para acolher amigos e familiares. Grande parte das pessoas estão a ser absorvidas por esta rede informal", afirmou à Lusa Patrícia Gaspar, à margem da apresentação de um estudo na Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária.
Portugal concedeu até hoje 11.803 pedidos de proteção temporária a pessoas vindas da Ucrânia em consequência da situação de guerra, segundo a última atualização feita à Lusa pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.
Patrícia Gaspar sublinhou que Portugal não tem um número limite para acolher refugiados da Ucrânia, tendo em conta que o país tem "duas dimensões distintas, mas que se complementam".
"Há a dimensão das capacidades nacionais, das instituições nacionais e formais para fazer este tipo de acolhimento sobretudo em grande parceria com as entidades que normalmente trabalham nesta matéria e temos uma dimensão cívica sem precedentes", disse, referindo-se aos ucranianos que são acolhidos por familiares e amigos.
Patrícia Gaspar frisou também que muitas destas pessoas que estão a sair da Ucrânia vão querer ficar nos países vizinhos "na esperança que o conflito termine e que possam regressar às suas origens".
A secretária de Estado disse ainda que o país está "a criar condições para que todos aqueles que queiram vir para Portugal o possam fazer em condições de dignidade, possam ser bem acolhidos e integrados e consigam regularizar rapidamente a situação".
"Isto é uma situação absolutamente excecional. Estamos a viver um conflito bélico, armado, em plena Europa. Este será provavelmente o maior êxodo que temos nos últimos tempos", disse.
Segundo Patrícia Gaspar, são idosos, crianças e mulheres os ucranianos que têm sido acolhidos em Portugal.
A Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 726 mortos e mais de 1.170 feridos, incluindo algumas dezenas de crianças, e provocou a fuga de cerca de 4,8 milhões de pessoas, entre as quais três milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
Leia Também: "A chegar mais". 300 alunos ucranianos inscritos em escolas portuguesas
Seguro de vida: Não está seguro da sua decisão? Transfira o seu seguro de vida e baixe a prestação
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com