Frente na serra do Alvão tem cerca de dois quilómetros

O incêndio que lavra na serra do Alvão, Vila Real, tem uma frente ativa com cerca de dois quilómetros que começa a arder com "pouca intensidade" e a "ter vários focos dispersos", segundo o comandante sub-regional do Douro.

Nos últimos dias estes países têm sofrido com a tragédia dos fogos.

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Lusa
12/08/2025 23:51 ‧ há 3 horas por Lusa

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Incêndios

"Tendo conseguido ultrapassar e vencer a prioridade de, mais uma vez, proteger as aldeias, com sucesso, conseguimos fechar a cabeça que se dirigia à Samardã e temos, neste momento, uma frente de cerca de dois quilómetros que começa a arder com pouca intensidade e a ter vários focos dispersos", afirmou Miguel Fonseca agência Lusa, num ponto de situação feito esta noite.

 

O incêndio que lavra na serra do Alvão deflagrou a 02 de agosto, em Sirarelhos, no concelho de Vila Real, já esteve em conclusão, reativou por duas vezes e já percorreu 27 aldeias.

Durante o dia de hoje passou por Testeira, Cravelas de Baixo, Outeiro e Paredes, onde foram feitos confinamentos pontuais por precaução com a ajuda da GNR.

"Estamos a reagrupar, estamos felizmente a conseguir render meios e a aguardar a chegada de três grupos de combate, disponibilizados pela própria estrutura [ANEPC] e também agrupados pelos corpos de bombeiros da sub-região do Douro de forma a que, com estas equipas mais frescas, de noite possamos fechar esta frente que ainda nos está a apresentar alguma preocupação", referiu Miguel Fonseca.

A frente lavra, segundo explicou, em "média montanha, na encosta acima de Benagouro e Samardã onde estão quatro máquinas de rasto a trabalho.

Esta vai ser, apontou, "mais uma noite de muito trabalho". "Tudo continuaremos a fazer para que consigamos atingir este objetivo que é fechar definitivamente, ao fim destes dias todos, esta frente", repetiu.

Miguel Fonseca acrescentou que, em caso de necessidade, na quarta-feira de manhã, serão empenhados meios aéreos para o apoio às ações de consolidação que, segundo realçou, "também serão demoradas".

Com o reforço de operacionais esperado, alguns que estão no terreno há vários dias serão desmobilizados ou retirados para descanso nas bases de apoio logístico.

Nesta ocorrência estão bombeiros, elementos do Instituto de Conservação da natureza e Florestas (ICNF), militares da GNR e Exército.

Os militares do Exército têm feito, destacou o comandante, o patrulhamento nas zonas pós-incêndio e a deteção de reativações.

"Foram muitas as reativações durante estes dias, muitas as situações que nos obrigaram a alterar a estratégia inicial, a reposicionar meios, sublinhou, explicando que, em várias situações se deixou de fazer o combate às frentes principais para passar a fazer a defesa das habitações.

A dificultar o combate estão também as "constantes mudanças meteorológicos", nomeadamente da direção e intensidade do vento, bem como o calor intenso que se têm feito sentir.

"Este é um incêndio tradicionalmente de alta montanha e isso tem os seus condicionalismos", salientou, realçando ainda o "cansaço físico, anímico e também psicológico" destes combatentes.

De acordo com a página da internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), pelas 23h00 estavam mobilizados para o combate a este incêndio 496 operacionais e 163 veículos.

Segundo Miguel Fonseca, só na zona de Vila Real houve hoje cerca de 12 novas ignições.

Leia Também: Seis meios aéreos ajudam combate na serra do Alvão em Vila Real

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