Ministra lamenta morte de "figura central" do ensino artístico
A ministra da Cultura, Graça Fonseca, lamentou hoje a morte do artista, crítico e professor João Rocha de Sousa, que classificou de "figura central na história do ensino artístico".
© Rita Franca/NurPhoto via Getty Images
País João Rocha de Sousa
"Reconhecido como um grande comunicador e divulgador, tanto pelos seus pares como pelos alunos, João Manuel Rocha de Sousa teve um papel central no ensino das Belas Artes em Portugal, na sua inserção social e no mundo artístico, tendo apoiado diversos jovens artistas em início de carreira", indicou a nota do Ministério da Cultura.
A nota de pesar do Governo lembrou ainda que Rocha de Sousa foi uma "peça fundamental da profunda revisão curricular dos Estudos Superiores de Artes após o 25 de Abril, [e que] João Manuel Rocha de Sousa será sempre recordado pelo seu contributo para a modernização do ensino artístico em Portugal".
O artista, professor universitário, crítico e escritor João Rocha de Sousa morreu, no domingo, em Lisboa, aos 83 anos, anunciou hoje a Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa (FBAUL), da qual fez parte.
Nascido em Silves, em 1938, concelho cuja câmara municipal o distinguiu em 2019, João Rocha de Sousa formou-se em Pintura, na Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa, onde se tornou assistente em 1964 e professor agregado seis anos depois, marcando "de modo definitivo o rumo" que a instituição "seguiu após o 25 de Abril de 1974, ao definir a estratégia da reforma do ensino artístico que foi então implementada", como lembra uma nota da FBAUL assinada pela vice-presidente da instituição Cristina Tavares.
"Lembremos Rocha de Sousa em ameno cavaqueio à entrada da faculdade ou caminhando pelos corredores, nunca sozinho, mas sempre com alunos e colegas à sua volta e recordamos as suas palavras sábias e meditadas com saudade", escreve Cristina Tavares.
Por seu lado, a biografia disponibilizada pela Câmara Municipal de Silves, aquando da distinção de Rocha de Sousa, salienta que nos anos 1970 "encontrou-se representado na Bienal de Veneza, ligando o cinema experimental às artes plásticas".
"Esteve envolvido na produção e realização de várias séries sobre arte para a RTP como por exemplo 'Arte Portuguesa', 'As Coisas e as Imagens', 'A Mão', 'O Homem em Desenvolvimento', entre outras", pode ler-se na biografia.
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