"O Governo Regional [da Madeira] e o presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, vêm manifestar a sua satisfação e concordância pela decisão do Governo da República, anunciada hoje, de avançar para a requisição civil dos inspetores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) nos aeroportos, na sequência da greve marcada para junho por um dos sindicatos daquele organismo", lê-se numa nota de imprensa distribuída na região.

O documento, divulgado pelo presidência do executivo madeirense de coligação PSD/CDS, refere que o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, anunciou esta medida hoje no parlamento nacional.

A requisição civil foi solicitada pelo executivo madeirense e pela generalidade de autarcas de áreas turísticas, indicou o governante.

Miguel Albuquerque já havia manifestado a sua "preocupação com a greve do SEF e anunciou que tinha escrito ao ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, para pedir que obstaculizasse legalmente a iniciativa sindical", refere o Governo Regional na mesma informação.

Falando hoje na cerimónia do Dia do Advogado, o presidente do Governo Regional afirmou que "o turismo madeirense vive uma situação muito complicada, devido à pandemia, mas que os próximos tempos são de esperança e confiança".

O responsável salientou que esta esperança "deriva da reabertura de mercados como o do Reino Unido".

"Desta forma, a greve, a acontecer, iria prejudicar, e muito, o destino Madeira", vincou o responsável social-democrata.

Por isso, na nota, o Governo Regional destaca que "Miguel Albuquerque vê com agrado, a sua reivindicação ser atendida".

Complementa que aguarda que "essa requisição se aplique de maneira a garantir a retoma turística que a região e que os empresários tanto anseiam e confiam".

"O Conselho de Ministros de hoje decidiu proceder à requisição civil dos trabalhadores da área da investigação e fiscalização do SEF nos aeroportos", disse o ministro Eduardo Cabrita no parlamento durante o debate sobre a reestruturação do SEF marcado a propósito de um projeto de resolução do CDS-PP.

O Sindicato dos Inspetores de Investigação, Fiscalização e Fronteira do SEF marcou um ciclo de greves para junho, com início da próxima semana, contra a intenção do Governo "de extinguir o SEF".

Eduardo Cabrita considerou "absolutamente inaceitável e irresponsável a greve" que está anunciada por um dos sindicatos do SEF.

"A greve é um grave atentado à segurança nacional, é inadmissível num quadro de uma situação de calamidade em que cabe também ao SEF verificar as condições de segurança sanitária, designadamente se os cidadãos que chegam a Portugal têm ou não os testes de diagnósticos de covid-19", sublinhou.

Para o ministro, a greve "é algo que atenta também à expectativa de recuperação da economia nacional".

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