Desarticulado gangue 'AKJ'. Praticava crimes violentos e desafiava rivais
Polícia Judiciária desmantelou os 'AKJ' e deteve 20 pessoas com idades compreendidas entre os 17 e os 22 anos. Atuava essencialmente "nos concelhos de Cascais e de Sintra", onde a maioria residia.
© Global Imagens
País Cascais
A Polícia Judiciária (PJ), através da Diretoria de Lisboa e Vale do Tejo e em inquérito tutelado pelo Ministério Público (MP) de Cascais, levou a cabo, esta terça-feira de manhã, uma operação intitulada 'T3' relacionada com a criminalidade grupal. Foram detidos 20 jovens, com idades compreendidas entre os 17 e os 22 anos, pela prática de crimes violentos.
Há "fortes indícios da prática de crimes de roubo, sequestro, furto qualificado, burla informática e detenção de arma proibida, entre outros", indica a PJ num comunicado a que o Notícias ao Minuto teve acesso.
Os jovens detidos, acrescenta a autoridade, faziam "parte de um grupo criminoso", que agora foi desmantelado e "que se autointitulava de gangue 'AKJ'". Atuava essencialmente "nos concelhos de Cascais e de Sintra", onde a maioria residia.
O grupo "dedicava-se a vários tipos de crimes violentos contra a propriedade, tais como roubos, parte deles com arma de fogo ou arma branca, normalmente praticados na via pública, apropriando-se dos bens das pessoas e jovens que assaltavam em conjunto, nomeadamente, dinheiro, telemóveis e outros valores".
Esta investigação teve início no ano de 2019, na "sequência de informações que davam conta da atividade crescente do grupo naquela região, a qual se encontrava a preocupar bastante as populações e a comunidade escolar".
De acordo com a mesma nota, os autores "divulgavam vídeos das suas ações nas plataformas do ciberespaço e nas redes sociais, vangloriando-se dos crimes que cometiam e ameaçando as vítimas, caso os denunciassem". O gangue desafiava ainda grupos rivais para encontros de modo a "lutar pelo controlo de 'territórios'".
Além das 20 detenções, "foram efetuadas 23 buscas domiciliárias, nas residências utilizadas pelos suspeitos, familiares e amigos, onde se procedeu à recuperação de alguns bens e valores provenientes dos furtos e roubos". Foram também apreendidas armas e outros instrumentos utilizados para "coagir ou agredir" as vítimas.
A Polícia Judiciária envolveu "cerca de 180 elementos nesta operação", contando com a participação de diversas unidades de Lisboa e Setúbal.
Os detidos, todos desempregados, vão ser presentes a primeiro interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação tidas por adequadas.
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