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Rede condenada por organizar casamentos por conveniência com portuguesas

Grupo criminoso recebia cerca de 12 mil euros por pessoa. Operação teve o apoio das autoridades alemãs e belgas.

Rede condenada por organizar casamentos por conveniência com portuguesas
Notícias ao Minuto

12:44 - 23/04/21 por Notícias ao Minuto

País SEF

Oito arguidos foram esta quinta-feira condenados pelo Tribunal de Loures pelos crimes de associação criminosa, casamentos de conveniência e falsificação de documentos. Este foi o resultado da operação 'Amouda', levada a cabo pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), em janeiro de 2019.

O líder foi condenado a nove anos de prisão e, de acordo com o acórdão, o grupo "dedicou-se, durante vários anos, a organizar casamentos de conveniência entre cidadãos estrangeiros, em situação irregular, com cidadãs portuguesas, com a única finalidade de proporcionar-lhes a legalização em Portugal, Bélgica e Alemanha". Em troca, recebia "elevadas quantias monetárias que rondavam os 12 mil euros por pessoa".

As mulheres que a rede criminosa angariava para os casamentos de conveniência viviam em "situação de fragilidade económica e social" e, explica o SEF em comunicado, eram "aliciadas com a promessa da entrega de valores entre 1.500 e os 5 mil euros, para casar com homens de origem indostânica, que não conheciam."

Depois, os "casais viajavam para a Bélgica, onde os cidadãos indostânicos tentavam a legalização por via do casamento com cidadã comunitária, o que permitia aos maridos permanecer na União Europeia, obter autorizações de residência e, em seguida, obter lucros ilícitos com benefícios sociais".

Além do cidadão estrangeiro que o liderava, o grupo era composto por outros cidadãos estrangeiros, também de origem indostânica, e "por cidadãos portugueses, incluindo uma advogada com escritório em Odivelas, que, nessa qualidade, tinha como principal missão autenticar documentos falsos necessários para a organização dos casamentos".

Na operação 'Amouda', o SEF cooperou com autoridades alemãs e belgas e foram apreendidas certidões de casamento fraudulentas, passaportes de cidadãs portuguesas, comprovativos de pagamentos de viagem e recibos de envio de dinheiro entre membros da rede, bem como diverso equipamento, como smartphones e computadores portáteis.

Leia Também: Sindicato do SEF acusa GNR de estar "ao serviço do Governo"

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