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Filho que esfaqueou mãe em Castelo de Paiva ficou em silêncio no Tribunal

Um homem de 30 anos acusado de ter desferido 10 facadas na mãe, na residência onde ambos viviam em Castelo de Paiva, no distrito de Aveiro, remeteu-se hoje ao silêncio no início do julgamento.

Filho que esfaqueou mãe em Castelo de Paiva ficou em silêncio no Tribunal
Notícias ao Minuto

18:28 - 19/01/21 por Lusa

País Tribunal

Os factos, que começaram a ser julgados esta tarde no Tribunal de Santa Maria da Feira, ocorreram em 12 de julho de 2017.

A acusação do Ministério Público (MP) refere que o arguido pediu à mãe para o levar à sede do concelho e quando esta se recusou foi buscar uma faca à cozinha e atingiu-a com 10 golpes na face, braços e pernas.

A mãe acabou por conseguir retirar-lhe a faca da mão e fugiu para o exterior da habitação, onde pediu socorro a um familiar que chamou o Instituto Nacional de Emergência Médica.

A vítima foi transportada para o Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, onde esteve internada cinco dias.

Dois dias depois dos factos, o arguido foi internado no Hospital Magalhães Lemos, no Porto, e posteriormente foi transferido para o Centro Hospitalar Tâmega e Sousa, onde esteve internado até ao dia 03 de agosto de 2017.

O arguido, que está acusado de um crime de homicídio na forma tentada, padece de Perturbação de Desenvolvimento Intelectual de gravidade moderada e de Perturbação do Espetro do Autismo, tendo tido acompanhamento em Psiquiatria da Infância e Adolescência até aos 18 anos.

À data dos factos, o arguido encontrava-se sem qualquer acompanhamento psiquiátrico às suas patologias.

O MP diz que o arguido "agiu com o propósito de tirar a vida da ofendida" o que só não conseguiu por motivos alheios à sua vontade, nomeadamente "em virtude das manobras de defesa empreendidas pela ofendida que lhe permitiram retirar-lhe tal instrumento da mão do arguido e da assistência médica que lhe foi prestada".

A acusação refere ainda que o arguido encontra-se, atualmente, a frequentar as consultas de psiquiatria e está medicado com antipsicóticos, no entanto, considera que o risco de reiteração deste tipo de condutas é "muito elevado", sendo por isso perigoso.

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