Frio, vento e neve 'ficam' até 2ª. feira. Os conselhos da Proteção Civil
As condições meteorológicas adversas vão prolongar-se até ao início da próxima semana. Conheça quais os efeitos expectáveis e que medidas preventivas deve adotar, segundo a ANPC.
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País Frio
Devido ao prolongamento das condições meteorológicas adversas até à próxima segunda-feira, dia 11 de janeiro, como informa o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) publicou uma nota onde refere medidas preventivas que os portugueses devem adotar face à esperada continuação do tempo frio, vento forte no litoral e terras altas, formação de gelo ou geada (em especial no Interior) e precipitação na região Sul e queda de neve a cotas baixas.
Com este quadro meteorológico, a Proteção Civil alerta que poderão ocorrer diversos efeitos como "intoxicações por inalação de gases, devido a inadequada ventilação, em habitações onde se utilizem aquecimentos com lareiras e braseiras" e "incêndios em habitações, resultantes da má utilização de lareiras e braseiras ou de avarias em circuitos elétricos".
Além disto, pode também existir uma "eventual formação de gelo em troços de estradas com ensombramento permanente" e um "aumento do risco associado ao tráfego rodoviário, quer pela queda de neve nas vias, quer pela formação de gelo".
Como tal, é necessária uma "especial atenção aos grupos populacionais mais vulneráveis, crianças, idosos e pessoas portadoras de patologias crónicas e população sem-abrigo". É ainda esperado um "aumento do desconforto térmico na população em especial pela conjugação da temperatura mínima baixa e do vento intenso".
Medidas Preventivas
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil recorda, na mesma nota, que o "eventual impacto" destes efeitos "pode ser minimizado, sobretudo através da adoção de comportamentos adequados", pelo que, e "em particular nas zonas historicamente mais vulneráveis, se recomenda a observação e divulgação das principais medidas de autoproteção para estas situações".
A nível de proteção individual:
- "Que se evite a exposição prolongada ao frio e às mudanças bruscas de temperatura;
- Manter o corpo quente, através do uso de várias camadas de roupa, folgada e adaptada à temperatura ambiente;
- A proteção das extremidades do corpo (usando luvas, gorro, meias quentes e cachecol) e calçado quente e antiderrapante;
- A ingestão de sopas e bebidas quentes, evitando o álcool que proporciona uma falsa sensação de calor;
- Especial atenção com a proteção em termos de vestuário por parte de trabalhadores que exerçam a sua atividade no exterior, e evitar esforços excessivos resultantes dessa atividade;
- Acautelar a prática de atividade física no exterior, prestando atenção às condições do piso para evitar quedas;
- Prestar atenção aos grupos mais vulneráveis (crianças nos primeiros anos de vida, doentes crónicos, pessoas idosas ou em condição de maior isolamento, trabalhadores que exerçam atividade no exterior e pessoas sem abrigo)".
A nível de proteção coletiva:
- "Especial atenção aos aquecimentos com combustão (ex.: braseiras e lareiras), que podem causar intoxicação devido à acumulação de monóxido de carbono e levar à morte;
- Que se assegure uma adequada ventilação das habitações, quando não for possível evitar o uso de braseiras ou lareiras;
- Que se evite o uso de dispositivos de aquecimento durante o sono, desligando sempre quaisquer aparelhos antes de se deitar;
- Que se tenha em atenção a condução em locais onde se forme gelo na estrada, adotando uma condução defensiva;
- Estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança".
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