Costa defende orientação da Comissão Europeia para abertura de fronteiras
O primeiro-ministro defendeu hoje a orientação da Comissão Europeia para a abertura de fronteiras, contrapondo que o critério do número de infetados por cem mil habitantes não é fiável e não ajuda a restabelecer confiança nas viagens.
© Lusa
País Covid-19
"Devemos seguir a orientação da Comissão Europeia e é, por exemplo, aquilo que Portugal e Espanha estão a seguir, ou seja, haver uma abertura de fronteiras entre países que alcançaram um nível semelhante de contágio", declarou António Costa em conferência de imprensa, em São Bento, tendo ao seu lado o líder do executivo espanhol, Pedro Sánchez.
Perante os jornalistas, o primeiro-ministro advogou que, em matéria de abertura de fronteiras, as autoridades dos diferentes países não põem fixar-se "num único critério".
"Não protege as populações, nem é um critério fiável para as relações de confiança que é necessário restabelecer para que as viagens retomem a sua normalidade", advertiu.
António Costa observou que há países, caso da Espanha, que tiveram mais contágios numa fase inicial e outros que tiveram mais numa fase seguinte, assim coimo "há países que fizeram mais testes e outros menos".
"A comparabilidade deve integrar o conjunto desses critérios. Aliás, é a recomendação da Agência Europeia da Prevenção das Doenças, dizendo que a avaliação dos riscos deve ter em conta um conjunto muito diversificado de critérios e não um único", alegou o primeiro-ministro.
Depois, António Costa voltou a criticar a decisão das autoridades de Londres de exigirem quarentena a quem passar por Portugal.
"Se fosse por um único critério, não faria o menor sentido a posição do Reino Unido, porque é manifesto que, perante o nível de contágio nesse país, comparando com as diferentes regiões de Portugal, qualquer pessoas se sente mais segura em qualquer região portuguesa do que no Reino Unido", acrescentou.
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