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Sindicato da PSP insiste que todos os polícias necessitam de máscaras

A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) insistiu hoje na necessidade de o Governo apetrechar todos os polícias com máscaras reutilizáveis, considerando que deve fazer parte do equipamento policial.

Sindicato da PSP insiste que todos os polícias necessitam de máscaras
Notícias ao Minuto

17:34 - 06/05/20 por Lusa

País Covid-19

Em declarações à agência Lusa, o presidente da ASPP, Paulo Rodrigues, afirmou que o sindicato enviou, na semana passada, um ofício ao Ministério da Administração Interna (MAI) a solicitar a distribuição de máscaras sociais reutilizáveis aos polícias, mas ainda não obteve qualquer resposta.

Paulo Rodrigues acrescentou que este pedido da ASPP faz agora ainda mais sentido, depois da Direção-Geral da Saúde (DGS), Ordem dos Médicos e Escolas Médicas terem alertado que as viseiras de proteção facial não dispensam a utilização de máscara.

No caso da PSP, todos os elementos policiais têm uma viseira, que é de uso obrigatório, podendo ser substituído por uma máscara cirúrgica ou comunitária.

No entanto, o presidente do maior sindicato da PSP referiu que, enquanto a viseira foi distribuída gratuitamente por todos os polícias, a máscara tem de ser comprada pelos agentes.

Segundo Paulo Rodrigues, os polícias apenas receberam gratuitamente, no início da pandemia, um 'kit' com um par de luvas e uma máscara.

Atualmente, frisou, há muitos polícias a comprarem máscaras para se protegerem, o que contraria as declarações prestadas na terça-feira, no parlamento, pelo ministro da Administração Interna, que garantiu que os elementos das forças e serviços de segurança "não pagaram um cêntimo" do material de proteção individual, nomeadamente máscaras, que foi distribuído durante o estado de emergência.

Paulo Rodrigues salientou também que os polícias gostavam ter ouvido do ministro a garantia que ia distribuir máscaras por todos os elementos.

"O ministro no parlamento devia ter dito que queria que todos os policias estivessem munidos com viseiras e máscaras", disse, lamentando que tenha tido "um discurso muito genérico".

Quando questionado sobre o uso de máscaras pelos polícias juntamente com a viseira, Eduardo Cabrita respondeu, no parlamento, que as forças e serviços de segurança e os bombeiros receberam um 1,6 milhões de equipamentos de proteção individual, nomeadamente cerca de 600 mil máscaras, e "vão receber as que foram necessárias para a sua atividade".

"A utilização de máscara ou de viseira tem a ver com as condições em que a atividade é desenvolvida", disse ainda o ministro.

Para o presidente da ASPP, os polícias têm "todo o interesse além de viseira, usar a máscara" por "uma questão de saúde" e por ser mais prático.

Se os técnicos de saúde dizem que "só a viseira não é suficiente", por isso o Governo "o mínimo que tem a fazer é apetrechar os polícias com máscaras reutilizáveis", vincou.

Paulo Rodrigues disse ainda que, durante o estado de emergência, a viseira era suficiente, uma vez que nas operações stop se conseguia manter uma distância mínima.

Mas, na situação de calamidade e com o fim de estado de emergência, as operações são "muito mais complexas", exigindo muitas vezes intervenção com os cidadãos, e as viseiras "não são práticas".

Como exemplo, referiu que, na resolução de um desacato, a viseira "é a primeira coisa que vai saltar".

Portugal está desde domingo em situação de calamidade devido à pandemia de covid-19, depois de 45 dias em estado de emergência, que vigorou entre 19 de março e 02 de maio.

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