Embaixada do Brasil apoia repatriamento de 8.800 turistas em Portugal
A embaixada do Brasil em Lisboa revelou que hoje à noite estará concluído o repatriamento de 8.800 turistas brasileiros, retidos em Portugal por causa das medidas de combate ao novo coronavírus, mas ainda falta responder a mais de 1.500.
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País Covid-19
"Com os dois voos que partem hoje à noite para o Brasil, um charter, fretado, e outro regular, concluiremos o repatriamento de 8.800 cidadãos brasileiros, mas ainda teremos mais cerca de 1.500 que aguardam por uma solução", afirmou à Lusa o ministro conselheiro da embaixada do Brasil em Lisboa, Luciano Mazza de Andrade.
O processo de repatriamento dos 8.800 turistas brasileiros tem estado a ser feito desde 16 de março, e o total conclui-se hoje à noite com a partida dos dois aviões para o país, especificou.
O diplomata lembrou que, antes da pandemia da covid-19, havia um total de 60 voos por semana de Lisboa para vários destinos do Brasil. Mas, na semana em curso, haverá "apenas cinco".
É isto que tem criado dificuldades ao regresso de muitos brasileiros que se encontravam no país em turismo quando começaram a ser tomadas medidas de prevenção e combate contra a propagação do novo coronavírus, quer em Portugal quer noutros Estados europeus, e depois no Brasil.
"Mas a atitude de algumas companhias aéreas também não foi a melhor", criticou Luciano Mazza de Andrade.
A embaixada do Brasil em Lisboa criou uma equipa "de 25 pessoas" para dar resposta aos milhares de turistas brasileiros que se encontravam em Portugal, e "em contacto com autoridades portuguesas e brasileiras, bem como com operadoras e companhias aéreas tem conseguido fazer com que o repatriamento se faça, apesar das dificuldades".
Os serviços da embaixada, no entanto, só prestam apoio.
"Os custos da viagem cabem às operadoras e companhias aéreas", porque foram as entidades a quem as pessoas compraram os bilhetes, defendeu o ministro conselheiro.
Agora, ainda falta repatriar pelo menos mais 1.500 pessoas, além dos 700 brasileiros que estão no navio cruzeiro que atracou no domingo à noite no Porto de Lisboa.
"Estes encontram-se numa situação especial, porque as autoridades portuguesas decretaram que terão de sair dali diretos para voos fretados. Isso é uma operação que está a ser tratada pela operadora com as entidades portuguesas", explicou Mazza de Andrade.
Dos 700 cidadãos brasileiros que se encontram no cruzeiro, 450 são passageiros e os restantes integram a tripulação do navio.
Quanto aos outros 1.500, Luciano Mazza de Andrade espera que, com dois voos que a operadora turística brasileira CVC fretou, se resolva o repatriamento de mais 600.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 341 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 15.100 morreram.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, com a Itália a ser o país do mundo com maior número de vítimas mortais, com 5.476 mortos em 59.138 casos. Segundo as autoridades italianas, 7.024 dos infetados já estão curados.
Segundo o mais recente balanço, divulgado pelo Ministério da Saúde brasileiro no domingo à tarde, foram registadas 25 mortes e houve a confirmação de 1.546 casos da doença no país.
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