O Presidente abriu, esta segunda-feira, 'as portas' do Palácio de Belém para receber o técnico Jorge Jesus. O chefe de Estado condecorou o treinador de futebol com a Ordem do Infante D. Henrique pelos resultados alcançados no Brasil, ao serviço do Flamengo, e em Portugal.
No discurso inicial, o chefe de Estado frisou que, por tradição, os galardoados são "congratulados devido aos seus percursos e vitórias obtidas nas seleções, clubes portugueses ou estrangeiros, sendo essas vitórias de renome". Ora, considerou o Presidente da República, "Jorge Jesus, para além da carreira conhecida", tem ainda a condução à vitória de um "clube numa competição continental de prestígio mundial. E a presença numa final de uma competição mundial".
Além destes factos, continuou, "temos pela primeira vez um clube que, não sendo português, fala português". Marcelo aproveitou ainda a oportunidade para enaltecer o facto de Jesus ter contribuído para "projetar o prestígio de Portugal no mundo do desporto" e "em particular num país que nos é muito querido". E são estes factos que justificam a condecoração que, como alegou Marcelo, "foi concebida a pensar na projeção de Portugal no mundo".
Recorde-se que a decisão de Marcelo Rebelo de Sousa foi divulgada no dia 21, logo após a final do campeonato de mundo de clubes, em que o Flamengo perdeu com o Liverpool por 1-0 no prolongamento.
Jorge Fernando Pinheiro de Jesus, 65 anos, começou a carreira como treinador em 1990, no Amora, e conquistou três títulos de campeão nacional pelo Benfica. O seu palmarés como treinador inclui uma Taça de Portugal, cinco Taças da Liga e uma Supertaça pelo Benfica, uma Taça da Liga e uma Supertaça pelo Sporting, uma Taça Intertoto da UEFA pelo Sporting de Braga e uma Supertaça pelo Al-Hilal, da Arábia Saudita.
Este ano, levou o Flamengo a conquistar a Taça Libertadores e o campeonato brasileiro, mas falhou o mundial de clubes ao perder na final com os ingleses do Liverpool.