De drones a familiares: Assim atuou o grupo que assaltou idosos no Norte

O grupo suspeito de 11 assaltos à mão armada na zona Norte detido pela Polícia Judiciária (PJ) utilizava um drone para o reconhecimento das residências dos idosos, a quem terá roubado mais 100 mil euros em bens, foi hoje anunciado.

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Lusa
07/07/2025 18:17 ‧ há 5 horas por Lusa

País

Norte

Os três homens e uma mulher, com idades entre os 24 e os 47 anos, foram detidos no domingo, no decorrer de uma operação policial nas localidades de Santo Tirso, Vila Nova de Famalicão e Póvoa de Varzim que envolveu 48 elementos da diretoria do Norte da PJ.

 

Esta tarde, em conferência de imprensa, a PJ revelou que o grupo "atuava de forma concertada", recolhendo informação privilegiada que lhes permitia selecionar os alvos, bem como escolhendo a altura adequada para a realização dos assaltos, maioritariamente, de madrugada.

O drone apreendido como prova durante a operação policial era utilizado para fazer o reconhecimento do local, detalhou o inspetor-chefe António Pinto, que descreveu o grupo como "altamente organizado".

De acordo com o responsável pela investigação, os assaltos que ocorreram entre janeiro e junho renderam cerca de 160 mil euros - 60 mil em dinheiro e 100 mil em objetos de valor -, sendo os idosos, pela sua vulnerabilidade, os alvos preferenciais do grupo.

As vítimas, com idades compreendidas entre os 60 e os 92 anos, foram, em diversas ocorrências, ameaçadas com armas de fogo e agredidas fisicamente como forma de coação para que indicassem os locais onde guardavam o dinheiro e os objetos de valor, tendo algumas delas tido necessidade de receber tratamento hospitalar "não pela gravidade dos seus ferimentos, mas pela sua vulnerabilidade", referiu o inspetor da PJ.

"A violência psicológica" exercida, detalhou o inspetor com a investigação, levou a que algumas das vítimas sentissem dificuldade em regressar às respetivas residências, tendo em alguns casos, optado por ficar em casa de familiares.

Os quatro suspeitos, todos com antecedentes criminais por crimes contra o património e dois deles com relações familiares entre si, foram hoje presentes a primeiro interrogatório, no Tribunal de Instrução Criminal de Matosinhos, para a aplicação de medidas de coação.

Em causa estarão crimes de roubo agravado, furto qualificado, sequestro, ofensa à integridade física qualificada, incêndio e detenção de arma proibida.

Na sequência da operação policial de domingo foram apreendidas cinco viaturas, várias armas de fogo, artigos em ouro e objetos utilizados para ocultar a sua identidade, e ainda cerca de 20 mil euros em dinheiro.

A PJ admitiu hoje que o número de assaltos possa vir aumentar.

"Acreditamos que estes indivíduos podem ter praticados outros crimes que não estejam a ser investigados pela PJ", revelou ainda o responsável pela investigação.

Leia Também: Desmantelado grupo que assaltava casas de idosos no norte do país

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