Quatro pessoas foram detidas no domingo após a Polícia Judiciária (PJ) ter desenvolvido uma operação que resultou no desmantelamento de um grupo de suspeitos que, entre janeiro e junho passados, efetuou, pelo menos, 11 assaltos à mão armada na zona norte do país.
A PJ dá conta, em comunicado, que as vítimas dos assaltos eram "maioritariamente idosos que se encontravam no interior das suas residências" e que em causa estão crimes de roubo agravado, furto qualificado, sequestro, ofensa à integridade física qualificada, incêndio e detenção de arma proibida.
"Os alvos dos criminosos eram essencialmente pessoas com idades entre os 60 e os 92 anos, alguns com problemas de saúde e dificuldades de locomoção", lê-se.
As autoridades explicam que "o grupo estava organizado de forma a recolher informação privilegiada que lhes permitia selecionar os alvos, abordando-os no interior das respetivas residências e no decurso da madrugada". Conseguiram "arrecadar ilicitamente quantias monetárias e objetos de valor em montante superior a centenas de milhares de euros".
"Em diversas ocorrências, não obstante a sua condição de vítimas especialmente vulneráveis, os ofendidos eram ameaçados com armas de fogo e agredidos fisicamente como forma de coação para que indicassem os locais onde guardavam o dinheiro e os objetos de valor", refere o comunicado, acrescentando que algumas das vítimas tiveram "dificuldades em regressar às respetivas residências".
No decorrer das diligências foram "apreendidos elementos de prova que reforçam os indícios da prática dos mencionados crimes", tais como as "armas utilizadas nos crimes, diversos artigos em ouro que serão resultado daqueles roubos, quantia monetária na ordem das dezenas de milhares de euros, cinco viaturas automóveis e objetos utilizados como forma de ocultar as identidades dos autores".
Os detidos, dois homens e uma mulher, com idades entre os 24 e os 47 anos, têm "antecedentes criminais por crimes contra o património". Os quatro suspeitos vão ser presentes à autoridade judiciária competente para interrogatório judicial e aplicação das medidas de coação.
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