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CGI espera que RTP proponha direção que mantenha "orientação" anterior

O Conselho Geral Independente (CGI) manifestou hoje a sua "profunda preocupação" pela situação recente na RTP e espera que a administração proponha "com celeridade" uma nova direção de informação que "mantenha, no essencial, a orientação" seguida pela anterior.

CGI espera que RTP proponha direção que mantenha "orientação" anterior
Notícias ao Minuto

23:32 - 18/12/19 por Lusa

País RTP

Em comunicado, o órgão que supervisiona a administração da RTP "manifesta a sua profunda preocupação pela situação recentemente criada na empresa, que levou a que Direção de Informação da televisão", liderada por Maria Flor Pedroso, "tenha posto o seu lugar à disposição do Conselho de Administração".

CGI "espera que o Conselho de Administração possa propor, com celeridade e no interesse da empresa, uma nova direção de informação que mantenha, no essencial, a orientação que a anterior direção vinha a seguir, a qual correspondeu ao modelo de serviço público definido pela Lei da Televisão".

O Conselho Geral Independente considera "desejável que a nova direção de informação a ser empossada estruture, da forma mais adequada à execução rigorosa do seu projeto informativo, os mecanismos internos que garantam unidade e coerência da estrutura de informação, e evitem situações fortemente lesivas da RTP, como as que recentemente tiveram lugar".

órgão "considera que o trabalho desenvolvido pela direção de informação [cessante] correspondeu às linhas de orientação estratégicas que, a seu tempo, o CGI definiu para o serviço público de informação televisiva" e que, "ao longo de 2019, a informação da RTP distinguiu-se pela independência, equilíbrio e neutralidade informativa".

Salienta ainda que "a preocupação com estes valores assumida pela direção de informação foi manifesta na exemplar cobertura das campanhas eleitorais de 2019".

Refere igualmente que "não compete ao CGI, nos termos da Lei da Televisão, pronunciar-se sobre 'matérias que envolvam autonomia e responsabilidade editorial pela informação', competência que 'pertence, direta e exclusivamente, ao diretor de informação'", mas "cabe-lhe, todavia, assegurar que a informação da RTP se adequa, com rigor, às linhas de orientação estratégica que definiu, numa das quais se defende uma informação 'independente de todo o tipo de poderes' e 'tendo como base critérios editoriais rigorosos e eticamente irrepreensíveis, sem concessões ao populismo mediático'".

Na segunda-feira, dia 16 de dezembro, Maria Flor Pedroso colocou o seu lugar à disposição por considerar não ter "condições para a prossecução de um trabalho sério", no âmbito do conflito que envolveu a diretora de informação da televisão da RTP e o programa "Sexta às 9" coordenado por Sandra Felgueiras, que envolveu uma investigação sobre o ISCEM, tendo a administração aceitado.

Em causa está um relato feito pela coordenadora do programa, em 11 de dezembro, numa reunião com o Conselho de Redação (CR) a propósito do programa sobre o lítio, em que adiantou que o "Sexta às 9" estava a investigar suspeitas de corrupção no âmbito do processo de encerramento do Instituto Superior de Comunicação Empresarial (ISCEM), que passava pelo alegado recebimento indevido de "dinheiro vivo".

Nesse âmbito, Sandra Felgueiras acusou Maria Flor Pedroso de ter transmitido informação privilegiada à visada na reportagem [diretora do ISCEM, Regina Moreira], o que a diretora de informação da RTP "rejeitou liminarmente", de acordo com as atas do CR e com a posição enviada à redação pela diretora de informação da RTP na passada sexta-feira, a que a Lusa teve acesso.

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