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Espeleólogos resgatados já falaram. "Estávamos precavidos"

Os quatro espeleólogos garantiram nunca ter ficado preocupados com a subida do nível da água. A única coisa que os preocupava era não terem como comunicar com as famílias.

Espeleólogos resgatados já falaram. "Estávamos precavidos"
Notícias ao Minuto

19:45 - 21/10/19 por Patrícia Martins Carvalho

País Espeleólogos

Os quatro espeleólogos portugueses que estiveram retidos, desde sábado, numa gruta no norte de Espanha, foram resgatados, esta segunda-feira, em segurança.

Sem qualquer ferimento e descontraídos, os quatro portugueses falaram com a jornalista da RTP3 a quem disseram que mantiveram sempre a calma, pois como “experientes” que são estavam “precavidos” para qualquer eventualidade.

António começou por explicar que foi a subida do “nível freático da água” que os obrigou a ficarem retidos nas grutas de Cueto-Coventosa, pois a água “tapou” a saída.

No entanto, quando se aperceberam de que teriam de aguardar para conseguir sair do interior da gruta, o “primeiro pensamento foi a preocupação com as pessoas que estavam cá fora" e que não tinham notícias do grupo. De resto, garantiram, “era esperar que o nível freático baixasse o mais possível” para então poderem sair.

“Levamos as adversidades com alguma descontraçãoCom um registo sempre tranquilo e descontraído, Luís explicou que tinham na sua posse “alimentação, fonte de calor, mantas térmicas e boa disposição”. Aliás, esta última, sublinhou o espeleólogo, existe sempre: “Levamos as adversidades com alguma descontração”.

Questionado sobre se se recorda da primeira coisa que disse à equipa de resgate, Daniel não soube responder, mas garantiu que a “segunda há-de ter sido para oferecer um café”. Quanto à temperatura naquele local, Daniel explicou que a “gruta pode não ser muito fria, mas como tem bastante humidade a temperatura sente-se mais”.

“Mas somos experientes e estávamos precavidos para todas as possibilidades. Estava tudo tranquilo e controlado”, garantiu, revelando que a cada duas horas iam controlando o nível da água para saber quando poderiam sair da gruta.

Por fim, Carlos confessou que o grupo não estava à espera de ser resgatado. “Sabíamos onde estávamos. A nossa preocupação era esperar que o nível da água baixasse e depois continuarmos pela gruta normalmente”.

Os quatro portugueses, recorde-se, ficaram retidos no interior da gruta no último sábado. Ontem ao final do dia foram acionadas as equipas de resgate, no entanto, só esta tarde é que estas conseguiram alcançar os quatro espeleólogos que estavam equipados com todo o material necessário para ficarem dentro da gruta durante vários dias a dormir, se fosse necessário.

A operação de socorro integrou a equipa da ESOCAN, além de técnicos da Direção Geral do Interior do governo da Cantábria, agentes da Guarda Civil e voluntários da Associação de Proteção Civil de Arredondo.

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