Parlamento recorda António Hespanha, "figura maior da historiografia"
A Assembleia da República aprovou hoje, por unanimidade, um voto de pesar pela morte de António Manuel Hespanha, "figura maior da historiografia portuguesa".
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País Óbito
O voto de pesar foi apresentado pelo presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, e foi cumprido um minuto de silêncio em memória do historiador.
António Manuel Hespanha, que nasceu em 1945 em Coimbra, morreu em 1 de julho, aos 74 anos, em Lisboa.
Licenciou-se em Direito, em 1967, na cidade onde nasceu, obtendo posteriormente o doutoramento em História e Política Institucional Europeia, tendo defendido a tese "As Vésperas do Leviathan", sobre o sistema de poderes das monarquias tradicionais europeias.
Docente e investigador, comissário-geral para a Comemoração dos Descobrimentos Portugueses entre 1997 e 2000, é definido como "o historiador português mais citado internacionalmente" e "um dos nomes mais importantes no estudo da história institucional e política dos países ibéricos", pelo Centro de Investigação e Desenvolvimento sobre Direito e Sociedade da Universidade Nova de Lisboa.
Autor de mais de duas dezenas de livros e de mais de centena e meia de artigos científicos, sobretudo nas áreas da História Política e Colonial, assim como na História do Direito e na Teoria do Direito, destacam-se, entre as suas obras, títulos como "A Cultura Jurídica Europeia", "Guiando a Mão Invisível - Direitos, Estado e Lei no Liberalismo Monárquico Português" e "Cartas para Duas Infantas Meninas - Portugal na Correspondência de D. Filipe I para as Suas Filhas".
A livraria Almedina reeditou, em junho, "Pluralismo Jurídico e Direito Democrático".
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