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Preventiva para três detidos por produção ilegal de tabaco em Loulé

Três dos 13 detidos no concelho de Loulé, distrito de Faro, no âmbito da Operação "DYNAMO", de combate à comercialização ilegal de tabaco, ficaram em prisão preventiva, após primeiro interrogatório judicial, anunciou hoje a Guarda Nacional Republicana (GNR).

Preventiva para três detidos por produção ilegal de tabaco em Loulé
Notícias ao Minuto

16:08 - 27/06/19 por Lusa

País Tabaco

Em comunicado hoje divulgado, a GNR refere que a medida de coação mais gravosa foi aplicada a três dos arguidos, quatro ficaram com apresentações em posto policial da área de residência, com retenção de passaporte, enquanto aos restantes seis arguidos o Tribunal de Instrução Criminal de Faro decretou-lhes a proibição de contacto com os restantes detidos.

Na quarta-feira a GNR revelou que deteve 13 pessoas na zona de Loulé, distrito de Faro, no âmbito da Operação "DYNAMO", de combate à comercialização ilegal de tabaco, tendo sido apreendidos 15 milhões de cigarros.

Nesse comunicado, a GNR adianta ter desencadeado na terça-feira, através do destacamento de Ação Fiscal de Faro, na zona de Loulé, uma operação policial na qual foram detidas 13 pessoas, 12 homens e uma mulher, com idades entre os 30 e os 65 anos, de nacionalidade polaca, ucraniana, romena, russa e portuguesa.

Na operação foi apreendido, segundo a GNR, tabaco suficiente para introduzir no consumo cerca de 46 milhões de cigarros.

A investigação à "organização criminosa internacional que se dedicava à produção e comercialização fraudulenta de tabaco" decorria há ano e meio e levou ao desmantelamento de uma fábrica ilegal de manufaturação de cigarros em larga escala.

Na terça-feira, a GNR deu cumprimento a 14 mandados, dos quais cinco de detenção, sete de busca domiciliária, um de busca à fábrica de manufaturação ilícita de tabaco e um de busca ao armazém utilizado para o depósito da produção ilícita.

Durante a operação, a GNR apreendeu cerca de 15 milhões e 600 mil cigarros produzidos na fábrica, cerca de 17 toneladas de folha de tabaco (daria para produzir cerca de 16 milhões e 800 mil cigarros), cerca de 14 toneladas de tabaco triturado (daria para produzir 13 milhões e 750 mil cigarros) e cinco máquinas utilizadas na trituração de folha de tabaco, manufatura e acondicionamento.

Os militares apreenderam ainda matérias-primas diversas utilizadas na produção ilícita, como filtros, colas, boquilhas, tubos para cigarros, cartão de maços, celofane, papel de tabaco e caixas para embalar tabaco, seis viaturas ligeiras e uma arma de fogo.

"Estima-se que a fraude e evasão fiscal, gerada pela produção e comercialização do tabaco produzido na referida fábrica, que tinha como destino o território nacional e países da União Europeia, seja de montante superior a 9 milhões e 600 mil euros", destaca a GNR.

A operação, que a GNR diz ser inédita em Portugal, culminou com o desmantelamento da primeira infraestrutura de produção massificada de cigarros em Portugal e contou com o apoio da EUROPOL e com a colaboração da Polish Border Guard e da Polish Police.

A operação "DYNAMO" envolveu 100 militares, da Unidade de Ação Fiscal, da Unidade de Intervenção e dos Comandos Territoriais de Beja, Évora, Faro, Portalegre e Santarém.

A GNR adianta ainda que foram constituídos dois arguidos de nacionalidade grega, com 37 e 60 anos, suspeitos de integrarem este grupo criminoso. Um dos detidos tinha um alerta internacional para efeitos de detenção e entrega ou extradição, através do sistema Schengen.

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