A empresa Pingo Doce confirma a realização de buscas por parte da Polícia Judiciária na plataforma logística da Azambuja, esta quarta-feira, e revela ter já procedido à suspensão de cinco colaboradores que poderão estar implicados em atos ilícitos.
"As alegadas práticas terão sido levados a cabo em benefício próprio dos autores e em grave prejuízo da empresa que, tal como até aqui, se mantém inteiramente disponível para continuar a colaborar com as autoridades no apuramento dos factos", pode ler-se no comunicado enviado ao Notícias ao Minuto.
A reação da empresa esclarece ainda que as busca "tiveram lugar em resultado de denúncias efectuadas pela Companhia Pingo Doce por suspeitas de prática de crimes de corrupção privada e branqueamento de capitais, envolvendo alguns dos seus colaboradores e fornecedores".
Os cinco colaboradores que foram suspensos estarão "presumivelmente implicados" nos atos ilícitos investigados ao abrigo da Operação Rappel, levada a cabo pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) da PJ.
Recorde-se que a PJ tinha já anunciado, em comunicado, a detenção de quatro pessoas - três homens e duas mulheres com idades entre os 40 e os 65 anos - na zona da Grande Lisboa, sendo que dois dos detidos seriam altos funcionários do Pingo Doce.
No âmbito da investigação, que prossegue no DIAP de Loures, foram ainda constituídos 10 arguidos.