Alterações climáticas "infelizmente já são evidência empírica"
O primeiro-ministro considerou hoje que as alterações climáticas já constituem uma "evidência empírica" do dia-a-dia, uma realidade que tem de ser prioritária, dado Portugal estar exposto na costa e nas florestas.
© Global Imagens
País António Costa
"Não há dúvidas sobre o seguinte, as alterações climáticas não só são uma evidência científica, como infelizmente já são uma evidência empírica no nosso dia a dia", disse António Costa durante o debate quinzenal no parlamento, em resposta à deputada Heloísa Apolónia, do Partido Ecologista "Os Verdes" (PEV).
O líder do executivo salientou a forma como o mundo tem sido confrontado "com uma nova dimensão das tragédias ambientais e das tragédias climáticas, sejam os fogos florestais, seja a produção de ciclones, seja a produção de tufões, sejam as manifestações climáticas extremas, quer no sul da Europa, quer no norte da Europa, quer em África".
"É uma realidade a que não podemos estar insensíveis e que tem de ser para nós prioritária, expostos como estamos, quer na costa, quer na floresta, à grande pressão das consequências das alterações climáticas", assinalou.
Na sua intervenção, a deputada Heloísa Apolónia vincou que "os extremos climáticos estão aí e cada vez de forma mais intensa".
"Aquilo que se passou em Moçambique, e as consequências devastadoras e dramáticas a que estamos a assistir, deve alertar-nos. Queremos também deixar aqui a nossa palavra de grande solidariedade e de apoio à ajuda internacional e humanitária de que os moçambicanos e o povo moçambicano carece neste momento", afirmou.
A dirigente do PEV defendeu que é responsabilidade de todos "não cometer mais asneiras".
"E nós aqui em Portugal temos uma responsabilidade importante, também na adaptação às alterações climáticas e na sua mitigação", precisou.
Heloísa Apolónia questionou ainda o primeiro-ministro relativamente à barragem do Fridão, apontando que se "for construída, há um problema de segurança e de vulnerabilidade do território que é muito grave", designadamente a fragilização do litoral e da costa, "com efeitos concretos ao nível da erosão".
"Não cometa essa asneira ambiental e para a vulnerabilidade do território", pediu a parlamentar do PEV a Costa.
Sobre este assunto, o primeiro-ministro notou que "o prazo de conclusão do estudo é o próximo dia 18 de abril".
"Até lá tomaremos uma decisão que espero que seja uma boa decisão", reforçou.
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