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Instituto de Ação Social das Forças Armadas? "Prudência e determinação"

O ministro da Defesa Nacional rejeitou hoje que o Instituto de Ação Social das Forças Armadas (IASFA) seja um problema, considerando que se trata de um desafio, cujas "atuais dificuldades" serão ultrapassadas com "prudência, paciência e determinação".

Instituto de Ação Social das Forças Armadas? "Prudência e determinação"
Notícias ao Minuto

20:38 - 14/11/18 por Lusa

País Defesa

João Gomes Cravinho presidiu hoje à tomada de posse dos novos vogais do IASFA, em Lisboa, cerimónia durante a qual reconheceu que, perante as atuais dificuldades do instituto, "é necessário antes de mais efetuar um diagnóstico das causas" e, mais importante, "definir as medidas que permitam inverter" os referidos problemas.

"Quero sublinhar que rejeito por inteiro a noção, por vezes divulgada em alguma comunicação social, que o IASFA é um problema. O IASFA não é um problema. O IASFA é um desafio que, com prudência, paciência e determinação tem condições para cumprir integralmente a sua missão", sublinhou.

As primeiras palavras do ministro da Defesa foram para os novos vogais, Paula Costa e Manuel Lopes, dando "instruções ambiciosas e simples" na direção de uma instituição "fundamental para os homens e mulheres das Forças Armadas".

"Garantir e promover a ação social complementar e gerir o sistema da assistência na doença aos militares das Forças Armadas", elencou, explicando que estas palavras são da Lei Orgânica do IASFA.

Esta é uma instituição que, segundo João Gomes Cravinho, "ao longo dos últimos anos, por força de várias circunstâncias, tem estado "sujeita a vicissitudes múltiplas que acabaram por tornar imperativa uma nova dinâmica de gestão".

"Precisamos de dar energia nova ao instituto. Precisamos de dotar o instituto de uma dinâmica mais consentânea com a dimensão dos atuais desafios financeiros, jurídicos, humanos e patrimoniais", justificou.

Depois de um processo "longo, exigente e criterioso", a nomeação destes dois vogais, explicou ainda o governante, "tem como principal objetivo renovar" o Conselho Diretivo, a quem é conferida a "difícil e exigente missão de encontrar novas soluções".

Conforme já tinha adiantado na terça-feira no debate na especialidade do Orçamento do Estado para 2019, João Gomes Cravinho voltou a referir-se às três auditorias que estão em curso ao IASFA - do Tribunal de Contas, da Inspeção Geral das Finanças e da Inspeção Geral da Defesa Nacional - considerando que os resultados das mesmas "oferecerão valiosos contributos" para inverter as atuais dificuldades pelas quais passa o instituto.

O passivo do IASFA, segundo fonte da Defesa Nacional, atingirá os 90 milhões de euros até ao final do ano, sendo a questão financeira um dos problemas com os quais se debate o instituto.

No debate da especialidade, questionado pelas várias bancadas sobre a situação daquele instituto, João Gomes Cravinho referiu que, "por várias razões, as contas [do IASFA] não foram certificadas nos últimos anos", o que considerou "inadmissível".

O IASFA remeteu em 12 de outubro ao Ministério da Defesa uma relação de todo o património habitacional, discriminando a tipologia de ocupação e o tipo de arrendamento, na sequência de um despacho do anterior ministro, Azeredo Lopes.

Questionado pela Lusa, fonte do ministério adiantou que foi também entregue uma lista dos beneficiários que detêm mais do que uma fração, seja habitação, garagem, arrecadação ou loja.

O documento, assinado por Azeredo Lopes dois dias antes de apresentar a demissão do cargo, determinava que o IASFA tinha 60 dias para elaborar um regulamento interno sobre o arrendamento em regime livre e elencou os princípios que deveriam ser seguidos.

O despacho foi assinado no mesmo dia em que o Ministério da Defesa confirmou que uma casa arrendada ao IASFA, na Rua da Aliança Operária, Ajuda, estava a ser alugada a turistas através da plataforma `Airbnb', uma situação ilegal e que levou à denúncia do contrato.

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