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Duas centenas de investigadores portugueses juntos em Genebra

A Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (CERN, em francês) junta 205 cientistas portugueses em Genebra, naquele que é o maior centro de pesquisa em física de partículas do mundo.

Duas centenas de investigadores portugueses juntos em Genebra
Notícias ao Minuto

11:02 - 28/09/13 por Lusa

País CERN

"Portugal é um país pequeno, mas um país visível no CERN através dos seus cientistas e engenheiros", disse à Lusa Rolf-Dieter Heuer, diretor geral do CERN.

"É um dos primeiros países que entendeu a importância da engenharia no CERN", acrescentou o diretor-geral, salientando que o país apoia a organização através de bolsas de investigação e ações de formação de professores do ensino secundário.

Alguns portugueses trabalham no centro de investigação há muitos anos, como é o caso do físico André Tinoco Mendes.

Veio "por acaso" para o CERN em 2000 e começou o seu doutoramento na experiencia NA60. Hoje, ele é responsável pelo grupo que estuda as propriedades do Bosão de Higgs, uma partícula elementar cuja descoberta foi anunciada nos anos 1960 e só confirmada em março deste ano.

Esta partícula vem explicar a origem da massa de outras partículas elementares, pelo que a confirmação da sua existência causou grande entusiasmo na comunidade científica.

Já Eduardo Rodrigo chegou ao CERN em 2002. "Vim para o CERN por escolha, logo após ter terminado o meu doutoramento numa experiencia que decorreu em Hamburgo".

O objetivo era trabalhar no acelerador de partículas do CERN e "tive sorte, pois arranjei na altura uma bolsa Marie Curie da União Europeia", recorda.

José Carlos Rasteiro da Silva, especialista em detetores, está no CERN desde 1987. "Vim para aprender eletrónica de detetores de câmaras de fios em 1987, no grupo do George Charpak, prémio Nobel Física de 1992".

Neste momento, o investigador português é autor e responsável pela leitura de dados do detetor ECAL do CERN.

"Os portugueses tem uma ótima reputação aqui, fruto da competência e seriedade com que se empenham nas diferentes tarefas, como atestam alguns cargos com funções de destaque nas varias experiencias", acrescentou José Carlos Rasteiro da Silva.

Entre os 205 cientistas, distinguem-se os funcionários do CERN e os que vêm através de laboratórios associados.

Dados fornecidos à agência Lusa indicam que 89 portugueses são contratados diretamente pelo CERN, 19 são beneficiários de programas de bolsa, 19 são cientistas associados e existem 6 estudantes técnicos ou em doutoramento.

Os 116 restantes são utilizadores que participam nas palestras e em projetos associados. São pagos pelas instituições que colaboram com o CERN como o LIP (Laboratório de instrumentação de Física experimental), o ITN (Instituto Superior Técnico, Universidade de Lisboa), a Universidade de Coimbra ou a Universidade de Aveiro.

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