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Fraude e assaltos preocupam polícias na fronteira de Quintanilha

As fraudes eletrónicas e os assaltos são as atuais principais preocupações das polícias dos dois lados da fronteira de Quintanilha expressas hoje num encontro no Centro de Cooperação Policial e Aduaneira (CCPA) instalado nesta zona de Bragança.

Fraude e assaltos preocupam polícias na fronteira de Quintanilha
Notícias ao Minuto

16:05 - 25/10/18 por Lusa

País CCPA

Desde 2009 que as diferentes polícias portuguesas e espanholas trabalham em conjunto neste centro, onde hoje os responsáveis regionais de Bragança, em Portugal, e Castela e Leão, em Espanha, falaram das "excelentes relações".

O pretexto para o encontro partiu do chefe superior da Polícia Nacional de Castela e Leão, Jorge Bayona, que decidiu oferecer novas bandeiras dos dois países e da união Europeia para içar nestas instalações.

O responsável espanhol realçou que o CCPA de Quintanilha, onde trabalham em média 20 operacionais, tem "permitido lutar de uma maneira muito mais eficaz contra a criminalidade internacional" e, neste ano de 2018, a polícia espanhola já realizou em conjunto com a GNR e PSP portuguesas um total de 39 controlos, além de intercâmbios de policiamento em eventos.

Segundo Jorge Bayona, as polícias dos dois lados não sentem "nenhuma dificuldade especial" no trabalho conjunto e o que as preocupa é o avanço da criminalidade em novas áreas, devido à facilidade de movimento crescente desde a abertura das fronteiras físicas e digitais.

No lado espanhol, o responsável regional da polícia expressou como "maior preocupação" as fraudes com cartões de crédito ou através de pagamentos na Internet.

"É o que mais tem crescido e o mais difícil de combater, porque os servidores, os autores das fraudes podem estar em qualquer país do mundo e são estas coisas que nos fazem estar mais unidos", declarou.

No lado português, o comandante distrital de Bragança da GNR, Manuel Fernandes da Rocha, destacou "os grupos de criminosos que, no âmbito da criminalidade contra o património com grande mobilidade atravessam o território nacional".

"Quando começamos a ter alguns indícios e algumas provas contra eles, pura e simplesmente já abandonaram o nosso território. É aí que o CCPA é um instrumento muito forte para nós continuarmos a transmitir informações, a comunicar indícios e a receber outras informações sobre o paradeiro, sobre a forma de atuação. É fundamental para a investigação esta cooperação", afirmou.

Além dos controlos conjuntos, as polícias portuguesas e espanholas dão resposta anualmente a milhares de pedidos de diferentes entidades com ações conjuntas.

Como explicaram, o CCPA não se limita a controlar apenas o território onde está instalado, mas funciona como "um ponto de contacto entre as diversas autoridades policiais dos dois países" e não só.

A GNR é a força de segurança que coordena o centro de Quintanilha e, apesar de comandante admitir que "poderia ter uma localização mais próxima da grande intensidade de tráfego, tem capacidade de disponibilizar recursos e articular ações em qualquer lado.

O CCPA de Quintanilha está instalado junto à velha ponte sobre o rio Maças, onde funcionava o posto de controlo fronteiriço até à abertura das fronteiras na União Europeia.

Dali é possível avistar parte da nova ponte internacional por onde circula agora o tráfego entre os dois países, nomeadamente pesados que viajam entre o litoral português e o resto da Europa.

Segundo o comandante da GNR de Bragança, Quintanilha não pode ser considerado um ponto complicado, mas mantém a atenção das autoridades "porque, apesar de não ter uma intensidade de tráfego como outros locais, muitos dos grupos criminosos passam aqui por esta zona".

Numa região com vários pontos de fronteira e passagem, a preocupação das autoridades "é, de forma aleatória, nos horários mais improváveis, cobrir todos esses acessos".

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