Deputada devolveu verbas recebidas a dobrar. "Uma questão de consciência"
A deputada do PSD eleita pelo circulo da Madeira refere que agiu de acordo com aquilo que entendeu "ser a lei", mas reconheceu que tal (prática) possa ser eticamente questionável
© Global Imagens
Política Sara Madruga Costa
Depois de no fim de semana o semanário Expresso ter publicado um artigo que denunciava a existência da duplicação de abonos para viagens dos deputados das Regiões Autónomas, Paulino Ascenção, deputado do Bloco, eleito pela Madeira, fez saber esta segunda-feira que renunciava ao mandato, pedindo desculpa por uma prática que assumiu ser incorreta.
Agora, foi a vez de Sara Madruga Costa, deputada do PSD, também ela eleita pela Madeira, se pronunciar sobre o caso.
"Não tive a prática regular de receber o subsídio de mobilidade de todas as viagens que realizei, nem pouco mais ao menos até porque sempre tive dúvidas sobre o seu acerto. No entanto, agi de acordo com aquilo que entendi ser a lei, embora reconheça, com toda a humildade que tal possa ser eticamente questionável", começou por esclarecer em comunicado a que o Notícias ao Minuto teve acesso a deputada que, ao contrário do seu 'colega' de Esquerda, não abdicou do seu assento parlamentar.
Sara Madruga Costa faz saber que apoia "incondicionalmente" o pedido de parecer solicitado pelo PSD à sub-comissão de ética do Parlamento e, antes que se saiba o resultado do mesmo, a deputada indica que fez questão de devolver as verbas recebidas, segundo a mesma, devido a "uma questão de consciência".
"A Assembleia da República paga a todos os deputados um apoio que é calculado em função da distância do local de residência de cada um. Este montante, é pago a todos os deputados não residentes em Lisboa, mesmo se não fizerem as viagens e independentemente do meio utilizado para a sua deslocação", faz sobressair, concretizando depois com o exemplo dos habitantes das regiões autónomas.
"Aos deputados residentes na Madeira e nos Açores é atribuído o montante de 500 euros, os únicos que têm obrigatoriamente de se deslocar de avião".
A social-democrata passa, depois, para o seu caso em particular, afirmando que viaja "todas as semanas à Madeira", onde reside, tem marido e família e onde também desenvolve parte da sua atividade política.
Em jeito de conclusão, Sara Madruga Costa diz considerar "que esta é uma excelente oportunidade para [se] rever este sistema", mostrando-se disponível para o debate.
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