Meteorologia

  • 10 MAIO 2024
Tempo
16º
MIN 16º MÁX 28º

Dezoito crianças mortas por desnutrição este ano num hospital venezuelano

Dezoito crianças morreram em dois meses por desnutrição num hospital da cidade venezuelana de Maturín, a sudeste de Caracas, revelou hoje fonte oficial da instituição.

Dezoito crianças mortas por desnutrição este ano num hospital venezuelano
Notícias ao Minuto

21:22 - 22/02/18 por Lusa

Mundo Maturín

"No primeiro mês deste ano, 25 crianças deram entrada [no hospital] apresentando quadros clínicos de desnutrição crónica e em fevereiro registaram-se mais quatro ingressos. Desses 29 casos, apenas 11 sobreviveram", afirmou a chefe de pediatria do Hospital Universitário Dr. Manuel Núñez Tovar.

Segundo Yacirka Vásques, as vítimas vão de lactantes até crianças com menos de quatro anos de idade.

Em declarações à rádio católica Fé e Alegria, Yacirka Vásques explicou que perante a falta de recursos económicos para comprar leite ou fórmulas lácteas, as mães dão água de arroz, massa ou aveia a crianças com menos de um ano, o que tem originado doenças intestinais.

Por outro lado, revelou que foram registados quatro casos de meningite e que as vacinas para tratar essa doença estão esgotadas desde o começo do ano.

Na Venezuela, onde a crise política e económica e arrasta há anos, são cada vez mais frequentes as queixas da população relacionadas com a escassez de produtos básicos alimentares e de medicamentos que, quando surgem no mercado local, têm preços inacessíveis, tendo em conta os baixos salários e a inflação de mais de 2.000% em 2017, segundo dados oficiais.

A população queixa-se ainda de carências nos hospitais.

Mais de metade dos venezuelanos vivem em pobreza extrema e afirmam que perderam mais de 10 quilos de peso em 2017, segundo um Estudo sobre Condições de Vida que é realizado pelas principais universidades do país divulgado quarta-feira.

Por outro lado, segundo dados das Nações Unidas, cerca de 133 mil venezuelanos procuraram refúgio em outros países entre 2014 e 2017, mas a estes juntam-se outros 363 mil que foram acolhidos em outras "alternativas legais", que são disponibilizadas, essencialmente, por países latino-americanos.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório