PSD quer ouvir ministra sobre cortes nas forças de segurança
O PSD vai pedir a audição da ministra da Administração Interna no parlamento sobre os constrangimentos financeiros que considera estarem a comprometer a eficácia das forças de segurança nacionais, disse hoje o deputado Carlos Abreu Amorim.
© Global Imagens
Política Carlos Abreu Amorim
O parlamentar social-democrata afirmou à agência Lusa que, quando o PSD interrogou a responsável da pasta da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, sobre os constrangimentos, cortes e cativações nas forças de segurança (GNR, PSP e SEF) a ministra negou a sua existência.
Contudo, acrescentou, as notícias agora divulgadas confirmam "a gravidade do problema".
Segundo avança hoje o jornal Diário de Notícias, o Comando Territorial do Porto da GNR assume, numa comunicação a todas as chefias do distrito, que os constrangimentos orçamentais para a reparação e manutenção de viaturas são de tal forma que levam a medidas de contenção rigorosas.
"As noticias confirmam que temos um problema grave na operacionalidade e eficácia na área da segurança interna. Sabemos que a situação não se resume só ao Porto e que o enfraquecimento das forças de segurança também afeta a PSP e o SEF", declarou o deputado.
Carlos Abreu Amorim, um dos vice-presidentes do Grupo Parlamentar do PSD, criticou ainda o Governo socialista, afirmando que se registou um corte de 26% ao nível da segurança interna.
"Quando se diz que a austeridade acabou, ela continua e põe em causa os serviços de soberania ao contrário do que aconteceu no período em que havia os constrangimentos impostos pela 'troika'", considerou o deputado.
Neste sentido, o Grupo Parlamentar do PSD vai ainda hoje apresentar um requerimento para ouvir as explicações da ministra da Administração Interna. A audição só poderá decorrer em setembro, quando forem retomados os trabalhos parlamentares.
A cinco meses do fim do ano, o deputado disse ainda ter informações segundo as quais a Guarda Nacional Republica, a Polícia de Segurança Pública e o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras "já não têm orçamento para cumprirem as missões que se lhe são confiadas".
"A situação é dramática, pois não têm meios mínimos para poderem funcionar", sublinhou.
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