Venezuela: Oposição apela à repetição da "mãe das marchas" hoje
A aliança opositora Mesa de Unidade Democrática (MUD) apelou aos venezuelanos para continuarem com os protestos pacíficos nas ruas e repetirem hoje a marcha realizada na quarta-feira, popularmente chamada de a "mãe das marchas".
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Mundo Aliança
"A resistência pacífica manter-se-á nas ruas até que [o Presidente] Nicolás Maduro entenda que deve respeitar a Constituição. O Governo deu um auto golpe e devemos continuar a exercer o nosso direito de protestar", disse o ex-candidato presidencial Henrique Capriles Radonski aos jornalistas.
Segundo aquele responsável, a "mãe das marchas" terá os mesmos pontos de partida e rotas que a anterior manifestação, nos principais Estados do país.
Capriles Radonski condenou a repressão das manifestações e instou os organismos internacionais a "olharem" para a Venezuela.
"Condenamos que pretendam desvirtuar uma luta que é legítima (...) pedimos a todos os organismos internacionais, aos organismos de direito internacionais, que ponham os olhos na Venezuela", disse.
O vice-presidente da Venezuela, Tareck El Aissami, responsabilizou o presidente do parlamento venezuelano, Júlio Borges, o ex-candidato presidencial Henrique Capriles Radonski e o deputado Freddy Guevara pelos dois assassinatos ocorridos durante as manifestações opositoras de quarta-feira.
Por seu lado, Júlio Borges, anunciou, via Twitter, que devido à intensa repressão dos organismos de segurança do Estado e a acusações do 'chavismo' contra a oposição decidiu suspender uma deslocação ao Peru, prevista para hoje, durante a qual se reuniria com o Presidente Pedro Pablo Kuczynski.
A suspensão tem como objetivo continuar a luta pelo voto e pelas eleições.
Dezenas de milhares de venezuelanos saíram na quarta-feira para as ruas de algumas das principais cidades do país para protestar contra o que dizem ser uma rutura constitucional, e para pedirem o fim da "ditadura" e a realização de eleições livres.
Os manifestantes protestaram ainda por duas recentes sentenças em que o Supremo Tribunal de Justiça concedeu poderes especiais ao chefe de Estado, limitou a imunidade parlamentar e assumiu as funções do parlamento.
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