UTAO alerta que défice pode ser mais alto. Governo 'bate o pé' a Bruxelas
A previsão do défice apontada por Mário Centeno levanta dúvidas à UTAO, um assunto que Costa decidiu não comentar quando questionado pelos jornalistas. Também na segunda-feira, o Governo respondeu à carta de Bruxelas e disse que o OE2019 segue a mesma política que é reconhecida como um sucesso pelas próprias instituições europeias, mercados e agências de notação financeira.
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Economia Finanças
A Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) anunciou, na segunda-feira, que o défice em 2019 poderá ser de 0,5% e não de 0,2%, como prevê o ministro das Finanças português, Mário Centeno. A avaliação da UTAO surge depois de ter analisado os mapas da proposta do Orçamento do Estado para 2019 (OE2019) e ter concluído que há uma despesa em excesso na ordem dos 590 milhões de euros.
Questionado pelos jornalistas à entrada de uma conferência na segunda-feira, o primeiro-ministro português, António Costa, recusou comentar este assunto, mas insistiu, durante a sua intervenção, no objetivo de 0,2% de défice em 2019 e afirmou que se sentia orgulhoso por as execuções dos orçamentos anteriores terem registado sempre "contas certas" ao nível macroeconómico.
Governo 'bate o pé' a Bruxelas
O Governo português respondeu à carta da Comissão Europeia justificando que a sua proposta do OE2019 segue a mesma política que é reconhecida como um sucesso pelas próprias instituições europeias, mercados e agências de notação.
Depois do pedido de esclarecimento enviado na passada sexta-feira pelo executivo comunitário a Lisboa, a resposta chegou hoje a Bruxelas, numa carta assinada pelo embaixador representante permanente de Portugal junto da União Europeia, Nuno Brito, na qual o Governo sustenta que o OE2019 "reflete a continuação de um processo de consolidação orçamental estrutural" que tem vindo a implementar desde o início de 2016, com reconhecido sucesso.
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