Incêndio na serra de Sintra não está "dominado". Há nove feridos
O combate às chamas prossegue e mobiliza mais de 750 operacionais mas decorre favoravelmente. O vento, o "pior inimigo", acalmou e a entrada em cena dos meios aéreos pode ser decisiva. Mais de 300 pessoas foram retiradas durante a noite.
© Global Imagens
País Fogo
Os moradores na serra de Sintra e no concelho de Cascais foram surpreendidos por um incêndio de grandes dimensões, e que não se verificava há muitos anos, ao final da noite deste sábado. As chamas e o vento, “o pior inimigo”, como lhe chamou o presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras, não deram tréguas aos bombeiros. Há nove feridos a registar, um civil com ferimentos ligeiros e oito operacionais também com ferimentos leves.
Quatro localidades foram evacuadas por precaução. 47 pessoas foram retiradas da Biscaia, Figueira do Guincho, Almoinhas Velhas e Charneca. 300 pessoas foram retiradas do parque de campismo de Cascais e foi ainda necessário evacuar alguns clubes hípicos.
Uma viatura ardeu mas não há registo de danos materiais em habitações, por agora. No briefing feito há instantes André Fernandes, o comandante distrital de Lisboa da Autoridade Nacional de Proteção Civil, frisou que equipas da PSP, GNR, Polícia Municipal de Cascais e de Sintra estão no terreno a verificar danos materiais e o próximo briefing deverá incluir novos dados. Há duas estradas nacionais cortadas a N 247 e a N 9-1.
O nascer do sol trouxe duas boas notícias: o vento acalmou e os meios aéreos entraram em ação, mais precisamente sete. São dois aviões Canadair, quatro aviões Fireboss, todos anfíbios, e um helicóptero pesado Kamov.
Nesta altura o combate ao incêndio decorre “favoravelmente”. Não está “dominado” mas está “controlado”, segundo Carlos Carreiras, que fez um ponto de situação do fogo na serra de Sintra. O vento começou a acalmar a partir das 6h00 da manhã e com os meios aéreos no local, a ajudarem os bombeiros, espera-se que as chamas possam ser debeladas nas próximas horas.
André Fernandes realçou que o incêndio tem duas frentes ativas que “preocupam” e que “são a prioridade quer dos meios terrestres quer dos meios aéreos”. Uma dessas frentes está “colada” à Malveira da Serra e a outra na cabeça do incêndio na área da aldeia da Charneca.
Os operacionais no terreno já estão a enfrentar a fúria do fogo há mais de 10 horas. O alerta do incêndio foi dado às 22h50 e a situação foi-se agravando ao longo da noite muito por culpa do vento, “especialmente entre a meia-noite e as 02h00, 03h00”.
O vento forte, “com rajadas na ordem dos 100 quilómetros por hora”, foi um inimigo de peso para os bombeiros e contribuiu para a “progressão exponencial” do fogo.
No total há 764 operacionais a combater o fogo no terreno, que estão apoiados por 226 veículos.
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