Havai legaliza o suicídio medicamente assistido
Os congressistas do Havai aprovaram na quinta-feira legislação que legaliza o suicídio medicamente assistido.
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Mundo Senado
O Senado estadual aprovou, por 23 votos contra dois, a medida que já tinha passado na Câmara dos Representantes do Estado.
Os médicos estão agora autorizados a satisfazerem os pedidos de doentes em estado terminal de prescrição médica que lhes permita morrer.
O governador David Ige já disse que vai assinar a legislação, que vai tornar o Havai no sexto Estado a legalizar esta prática.
A legislação inclui salvaguardas que visam prevenir abusos.
Dois profissionais dos cuidados médicos têm de confirmar o diagnóstico do doente, o prognóstico, a sua capacidade de tomar decisões, bem como que fazem o pedido de forma voluntária.
Um conselheiro tem de confirmar que o paciente está capacitado para decidir e que não parece sofrer de falta de tratamento ou depressão.
O doente tem de fazer dois pedidos orais para a medicação que lhe terminar com a vida, com um intervalo de 20 dias entre eles. Tem ainda de acionar um pedido escrito, testemunhado por duas pessoas, uma das quais não pode ser familiar.
A medida cria penas de crime para quem falsifique um pedido ou force o pedido do medicamento fatal.
O diretor do gabinete do governador, Ford Fuchigami, considerou que as salvaguardas são suficientes para minimizar abusos.
Em depoimento escrito, disse que a legislação vai permitir que os doentes terminais decidam por si quando e como as suas vidas devem acabar.
A morte assistida por médico já é possível nos Estados da Califórnia, do Colorado, do Oregon, de Vermont e Washington e no Distrito de Colúmbia.
O Oregon foi o primeiro Estado a aprovar a medida, em 1997.
Alguns veem a medida como uma evolução lógica de um sistema de cuidados médicos que permite que as pessoas vivam cada vez mais anos, mas que é limitado na prevenção de mortes lentas e penosas.
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