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Puigdemont desafia Rajoy para encontro fora de Espanha
Desafio foi lançado esta sexta-feira pelo líder destituído da Generalitat. Mariano Rajoy fala ao país às 14h locais (13h em Lisboa)
© Reuters
Mundo Catalunha
Carles Puigdemont desafiou esta sexta-feira o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, para um encontro entre os dois líderes políticos. A única condição é que este encontro se realize "sem condicionamentos" e "fora de Espanha".
"Mariano Rajoy tem de rectificar e estou disposto a reunir-me com ele em qualquer país da União Europeia, menos em Espanha, por razões evidentes. Esta reunião teria de se realizar sem qualquer condicionamento prévio", desafiou o líder do Juntos pela Catalunha, segundo partido mais votado nas eleições da passada quinta-feira.
O líder do Juntos pela Catalunha disse que espera, contudo, regressar a Espanha. Caso tal não acontecesse, "seria inaceitável" tendo em conta "o que foi decidido nas urnas". "Hoje, no estado espanhol, os resultados ainda não foram aceites. O que quero são soluções. Não se pode avançar se não se respeitarem os resultados das eleições", alertou.
Puigdemont pediu ainda que a União Europeia clarifique a sua posição sobre o futuro da Catalunha, manifestando também disponibilidade, como era expectável, para formar governo com a ERC, ou até mesmo com a CUP.
"Podemos governar tranquilamente com o bloco ERC/Juntos pela Catalunha, mas estamos abertos a colaborar com a CUP. Queremos votar para decidir o nosso futuro. Se há outros grupos dispostas a chegar a acordos que vão nesse sentido, ficamos muito contentes".
Considerando que "a receita do estado espanhol não funciona", Puigdemont pede que sejam encontradas novas soluções que passariam, inevitavelmente, por um novo referendo. "Se chegarmos a um acordo para realizar um referendo e ganhar o 'não', obviamente que temos de aceitar o resultado. Mas se ganhar o 'sim', o estado espanhol estará disposto a aceitar os resultados?", questionou.
Esta sexta-feira fica ainda marcada pela demissão de Jorge Moragas, chefe de gabinete de Mariano Rajoy. Alegadamente, segundo o próprio Moragas, a demissão não está relacionada com o desastroso resultado do Partido Popular nas eleições de ontem (só conseguiu eleger três deputados), mas sim a "motivos pessoais".
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