"Este referendo não pode realizar-se"
O primeiro-ministro espanhol deixou claro que há mecanismos na legislação para impedir a realização de um referendo que viabilize a independência da Catalunha.
© Reuters
Mundo Mariano Rajoy
A vontade do governo regional da Catalunha de avançar com um referendo que possa viabilizar a independência catalã vai esbarrar na intransigência de Mariano Rajoy, que pretende evitar a todo o custo a sua realização.
Numa declaração ao país, o primeiro-ministro espanhol não deixou dúvidas sobre a posição do seu executivo.
"Este referendo não pode realizar-se", disse Mariano Rajoy. "A minha atenção está orientada pela responsabilidade para evitar que a intenção de poucas pessoas tenha um efeito muito grande e devastador para todos os espanhóis".
O líder espanhol insistiu que quer "fazer cumprir a lei" e que "existem mecanismos e meios necessários para impedir que quem pretende infringir as normas e regras da democracia o possa fazer".
"A violação da lei é um ataque à democracia", afirmou Mariano Rajoy, acrescentando que "todas as ilegalidades terão uma resposta firme".
As críticas ao governo regional da Catalunha foram duras, com Rajoy a dizer que a marcação do referendo na Catalunha para o dia 1 de outubro representa "um ataque ao estatuto da Catalunha e um ataque à Constituição espanhola". Mas o primeiro-ministro de Espanha foi ainda mais longe. "A história tem demonstrado que muitos regimes não democráticos têm usado o voto para intimidar".
Mariano Rajoy destacou ainda que "o governo de Madrid vai lutar para que nenhum cidadão da Catalunha seja prejudicado por este radicalismo".
A disputa entre Madrid e Barcelona em torno do referendo está cada vez mais acesa e o tom das acusações não deverá baixar até ao próximo dia 1 de outubro.
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