Repórteres Sem Fronteiras urgem Paris a pressionar a Turquia
O presidente da organização Repórteres Sem Fronteiras, Pierre Haski, disse hoje que a França deve pressionar a Turquia defendendo os jornalistas turcos que começam a ser julgados por terem criticado o presidente Recep Tayyip Erdogan.
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Mundo Pierre Haski
"Quando vemos as posições tomadas por Angela Merkel, na Alemanha, podemos dizer que há uma margem para manifestar a reprovação da França, uma pressão que pode ser feita facilmente. É surpreendente a discrição das posições francesas sobre o assunto", disse hoje Pierre Haski à France Inter referindo-se à repressão contra os jornalistas na Turquia.
De acordo com o presidente da organização, o processo judicial que começa hoje em Istambul é "emblemático de tudo o que se passa na Turquia, um país que se transformou na maior prisão de jornalistas do mundo".
No total, 17 jornalistas, dirigentes e outros colaboradores do jornal turco Cumhuriyet, fundado em 1924, são acusados de envolvimento com "organizações terroristas armadas".
Os réus estão sujeitos a uma pena de 43 anos de prisão.
A Turquia é "uma mistura entre uma democracia e uma ditadura", acrescentou Pierre Haski.
Para os defensores dos direitos do homem, o processo é um reflexo da "erosão das liberdades" que se regista após a intentona de 15 de julho de 2016 na Turquia.
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