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Hezbollah libanês ataca jihadistas, refugiados abandonam campos

O Hezbollah libanês, poderoso partido armado e aliado do regime sírio, anunciou uma operação contra "terroristas armados" na fronteira entre a Síria e o Líbano, que já levou sírios a fugir de campos de refugiados na zona.

Hezbollah libanês ataca jihadistas, refugiados abandonam campos
Notícias ao Minuto

13:22 - 21/07/17 por Lusa

Mundo Síria

O movimento xiita anunciou, através da sua cadeia de televisão Al-Manar e nas redes sociais, "o início de uma operação militar para limpar Jouroud Aarsal e Qalamoune de terroristas armados".

Situada no leste do Líbano, em torno da localidade de Aarsal, Jouroud Aarsal é uma região montanhosa onde estão implantados os grupos 'jihadistas' sunitas, oriundos da Síria, e que abriga, em campos informais, milhares de refugiados sírios que fogem da guerra no seu país.

O chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah, lançou há uma semana um aviso a estes 'jihadistas', que classificou como "uma ameaça para todo o mundo, incluindo os refugiados sírios", afirmando que "é tempo de pôr fim a esta ameaça".

O Líbano, país de quatro milhões de habitantes, abriga um milhão de refugiados sírios. Só na zona de Aarsal, as Nações Unidas estimam que estejam 45 mil deslocados.

O responsável do comité internacional da Cruz Vermelha no Líbano, Christophe Martin, disse à agência noticiosa France-Presse que a organização estava preparada para o eventual afluxo de feridos de Jouroud Aarsal.

O chefe da agência das Nações Unidas para os refugiados (ACNUR) no vale oriental de Bekaa, fronteiriço com a Síria, Josep Zapater, garantiu à Efe que "a situação está calma" e que estão a trabalhar com as organizações não governamentais locais, que intervêm na zona.

Por outro lado, uma fonte da segurança disse à agência espanhola Efe que, até ao momento, "um pequeno grupo de refugiados sírios" deixou os acampamentos que se situam na fronteira entre o Líbano e a Síria, mas sem precisar o número.

A mesma fonte indicou que o exército libanês não está a impedir nenhum civil de abandonar as montanhas de Aarsal.

"O exército fechou a fronteira com o Daesh", precisou a mesma fonte, referindo-se ao acrónimo em árabe do grupo 'jihadista' Estado Islâmico (EI), estando a atacar posições dos extremistas do lado sírio da fronteira, "e não do lado libanês".

Segundo uma fonte militar, menos de mil extremistas estão em Aarsal, dos quais entre 300 e 400 pertencem à Frente da conquista do Levante (antiga filial síria da Al-Qaeda) e perto de 200 do EI.

O Hezbollah intervém na guerra na Síria ao lado das forças do regime de Bashar al-Assad, contra os rebeldes e os 'jihadistas'.

O conflito na Síria, que começou em 2011, já fez mais de 330 mil mortos e milhões de deslocados.

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