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'Brexit' sem impacto no aumento das comunidades no Luxemburgo

O primeiro-ministro luxemburguês, Xavier Bettel, considerou hoje que a saída do Reino Unido da União Europeia ('Brexit) não terá impacto quanto ao número de cidadãos comunitários que queiram mudar-se para o Luxemburgo, nomeadamente portugueses.

'Brexit' sem impacto no aumento das comunidades no Luxemburgo
Notícias ao Minuto

18:39 - 24/05/17 por Lusa

Mundo Primeiro-ministro

"Penso que o 'Brexit' neste momento não tem nada a ver se os portugueses ou outras comunidades vêm ou não para o Luxemburgo", disse, admitindo apenas que "algumas empresas que se encontram em Londres" poderão deslocar-se para o seu país.

O chefe do Governo falava à Lusa e à TSF durante uma visita que fez à casa de Robert Schuman, um dos fundadores da União Europeia, na capital luxemburguesa, acompanhado do Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, que hoje termina uma visita de Estado de dois dias ao Luxemburgo.

Sobre a importância da participação política da comunidade portuguesa no Luxemburgo, Xavier Bettel referiu que "o facto de se poder votar é um direito comunitário graças ao Tratado de Maastricht", acrescentando: "Quando somos conscientes, não somos apenas residentes, mas somos cidadãos, temos direitos".

Segundo dirigentes da comunidade portuguesa, apenas 10% dos portugueses que têm direito a votar no Luxemburgo estão registados.

O apelo ao recenseamento também foi feito por Marcelo Rebelo de Sousa durante esta visita, tendo acompanhado hoje três portuguesas nesse registo, na Câmara do Luxemburgo.

O Presidente voltou a fazer esse apelo aos 14 trabalhadores portugueses da Sociedade Europeia de Satélites (SES), empresa que visitou hoje.

Uma das trabalhadoras, Carolina Dupong, foi especialmente felicitada por Marcelo porque, além de estar recenseada é também candidata às eleições municipais luxemburguesas.

Em declarações à Lusa, esta portuguesa, que está no Luxemburgo desde 2012, disse que se candidata pelo Partido Popular Democrata-Cristão (CSV) e justificou a candidatura com o interesse pelos "problemas locais".

O Presidente deslocou-se ainda à Universidade do Luxemburgo, que tem cerca de 500 alunos portugueses, onde assinou com o Grão-duque Henrique um acordo de cooperação entre esta instituição e a Universidade do Porto.

Na universidade, tirou 'selfies' com os alunos portugueses, autografou uma fotografia do seu pai em Moçambique, informação que o português que lhe pediu o autógrafo desconhecia.

Marcelo inaugurou ainda uma exposição do "Coração Independente Vermelho", de Joana Vasconcelos, na Catedral do Luxemburgo, na presença da artista portuguesa e ao som do fado Estranha Forma de Vida, de Amália.

Na quinta-feira, o Presidente prossegue a visita a título privado e participa nos Diálogos com a Comunidade, uma iniciativa do Governo para debater os problemas das comunidades, e participa na 50.ª peregrinação a Nossa Senhora de Fátima em Wiltz, a cerca de 65 quilómetros da capital luxemburguesa.

O Luxemburgo é o sétimo país a receber uma visita de Estado de Marcelo Rebelo de Sousa, depois de Moçambique, Suíça e Cuba, em 2016, de Cabo Verde e Senegal, em abril, e Croácia, na semana passada.

Segundo dados oficiais, residem no Luxemburgo cerca de 100 mil portugueses, que representam 16,4% da população deste país.

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