"O sistema de defesa aérea Patriot intercetou um alvo sobre o planalto dos Golã", afirmou o exército, na sua conta na rede social Twitter, sem dar mais detalhes.

A imprensa israelita indicou que o "alvo" era um avião não tripulado, mas um porta-voz do exército recusou comentar a informação.

A agência noticiosa oficial síria Sana tinha afirmado antes que vários mísseis israelitas tinham atingido uma posição militar a sudoeste do aeroporto internacional de Damasco, enquanto o Observatório Sírio dos Direitos do Homem tinha indicado que um depósito de armas, pertencendo alegadamente ao Hezbollah libanês, tinha explodido perto do aeroporto.

O Hezbollah, inimigo de Israel, é um aliado do regime do Presidente sírio Bachar al-Assad na guerra em curso na Síria.

Em Israel, o ministro das Informações, Israel Katz, declarou que o alegado ataque era "coerente" com a política israelita, sem confirmar a responsabilidade do seu país.

A Federação Russa, aliada do regime sírio, condenou o ataque e apelou "à contenção".

O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, não indicou se os dirigentes israelitas tinham avisado os russos da iminência do bombardeamento, limitando-se a sublinhar que os ministérios da Defesa dos dois países tinham um "diálogo constante".

O ministro da Defesa israelita, Avigdor Liberman, esteve em Moscovo na quarta-feira, onde afirmou ao seu homólogo russo, Serguei Choigou, que o Estado hebreu não permitia "a concentração de forças iranianas ou do Hezbollah na fronteira dos Golã", segundo o seu gabinete.

O Estado hebreu efetuou por várias vezes desde 2013 ataques a alvos sírios ou do Hezbollah.

Em março, Israel reconheceu ter feito um ataque, perto de Palmira, no centro da Síria, a uma coluna que transportava armas "sofisticadas", alegadamente destinadas ao Hezbollah.

Israel ocupa desde 1967 cerca de 1.200 quilómetros quadrados do planalto do Golã, que anexou, decisão que nunca foi reconhecida pela comunidade internacional. A Síria controla cerca de 510 quilómetros quadrados.

Israel e Síria continuam tecnicamente em estado de guerra.