O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, garantiu, esta segunda-feira, que a Rússia está preparada para lutar se o Ocidente quiser lutar pela Ucrânia "no campo de batalha".
"É um direito deles. Se quiserem que seja no campo de batalha, será no campo de batalha", disse o ministro, citado pela agência estatal russa RIA Novosti.
O ministro, no cargo desde 2004, falava durante uma audiência parlamentar onde será discutida a sua recondução enquanto ministro dos Negócios Estrangeiros devido ao novo mandato do presidente, Vladimir Putin.
A declaração de Lavrov surge após várias ameaças de Moscovo devido à posição do presidente francês, Emmanuel Macron, que tem admitido a possibilidade enviar tropas terrestres ocidentais para a Ucrânia no caso de a Rússia "romper as linhas da frente" e Kyiv pedir esse apoio.
Também o líder do Partido Democrata na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Hakeem Jeffries, afirmou que há uma "probabilidade significativa" de soldados norte-americanos serem enviados para combater na Ucrânia.
Na semana passada, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, adiantou que o anúncio de novos exercícios nucleares russos é uma resposta às declarações de "representantes ocidentais" sobre um possível envio de "tropas da NATO" para a Ucrânia.
Esses dirigentes, segundo Peskov, "falaram sobre o desejo e até a intenção de enviar contingentes armados para a Ucrânia, ou seja, de colocar soldados da NATO diante do exército russo".
O porta-voz do Kremlin considerou que se trata de um "novo ciclo da escalada de tensão", denunciando a "retórica muito perigosa" do presidente francês.
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