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Mossul: Morte de civis é "tragédia terrível", diz Chefe militar americano
O chefe das forças americanas no Médio Oriente classificou hoje de "tragédia terrível" a morte de vários civis em ataques aéreos em Mossul, no Iraque, sem atribuir formalmente responsabilidades pelos bombardeamentos.
© Reuters
Mundo Iraque
"Estamos a investigar este incidente para determinar exatamente o que aconteceu, e vamos continuar a tomar medidas excecionais para evitar atingir civis", afirmou o general Joe Votel em comunicado.
As forças iraquianas, apoiadas pelos ataques aéreos da coligação internacional contra o grupo Estado Islâmico (EI), estão envolvidas numa ofensiva para recuperar dos jihadistas Mossul, a segunda cidade iraquiana a cair nas mãos da O EI, em meados de 2014.
Vários civis morreram em ataques aéreos em Mossul nos últimos dias, de acordo com autoridades iraquianas e testemunhas.
O número de vítimas estima-se entre as dezenas e as centenas, de acordo com as fontes, mas não pôde ser verificada de forma independente.
"O combate em Mossul é difícil", devido à mistura dos 'jihadistas' com a população civil, acrescentou o general Joe Votel.
As forças iraquianas e a coligação têm "tomado medidas no sentido de reduzir ao máximo o sofrimento" da população, disse.
Mais de 200 habitantes fugiram da zona oeste de Mossul, no mês passado, de acordo com as autoridades iraquianas.
No entanto, cerca de 600 mil pessoas encontram-se ainda nos territórios detidos pelo EI, a maioria na Cidade Velha, uma rede densa de ruas estreitas, segundo a ONU.
Os ataques da coligação contra o EI fazem cada vez mais vítimas civis, segundo vários testemunhos, que não são desmentidos pelos militares norte-americanos, mas rejeitam ter mudado os padrões de aceitação de vítimas civis após a chegada ao poder de Donald Trump, como acusam alguns observadores.
Se o número de mortes de civis está a aumentar é porque os combates estão agora a ter lugar em áreas urbanas densamente povoadas, afirmou esta semana um responsável da Defesa norte-americana.
O jornal The New York Times noticiou no sábado que a coligação internacional liderada pelos Estados Unidos está a investigar a morte de cerca de 200 civis em Mossul alegadamente durante os bombardeamentos norte-americanos para recuperar a cidade.
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