Leanne Nasser foi uma das vítimas mortais do massacre de Ano Novo que tirou a vida a 39 pessoas na discoteca Reina, em Istambul. A trágica história da jovem de 18 anos foi esta terça-feira contada pela CNN, que entrevistou a família.
De acordo com as declarações da tia, Layal Masarweh, Leanne queria mesmo muito ir passar o ano à Turquia com três amigas mas o pai não a queria deixar ir. A jovem nunca tinha saído de Israel e pai achava muito perigoso ir para a Turquia. Leanne não desistiu e pediu à tia que a ajudasse a convencer o pai. A tia ajudou.
“O pai estava totalmente contra. Ele dizia que Istambul era muito perigoso e que ela não devia ir. Mas ela insistiu, dizia que não lhe ia acontecer nada”, disse Layal Masarweh.
Leanne foi, juntamente com as três amigas, e decidiram passar o ano na discoteca Reina. A última fotografia que Leanne publicou foi uma selfie, algumas horas antes da meia noite.
Na manhã seguinte, estava desaparecida. As três amigas foram encontradas com vida, duas delas sem ferimentos.
O pai voou para a Turquia na manhã seguinte e só horas depois conseguiram confirmar a identidade de Leanne. “Não me consigo perdoar. Quem me dera ter estado com ela para a proteger ou para fazer tudo o que fosse possível para lhe salvar a vida. Quem me dera poder dar a minha alma pela dela”, lamentou a tia.
A estudante, natural de Tira, em Israel, ia terminar o secundário no próximo verão e trabalhava nos tempos livres numa clínica dentária para juntar dinheiro para comprar um carro. O seu corpo foi transportado para Israel na terça-feira, dia 3 de janeiro, naquela que foi a sua última viagem.
O ataque à discoteca Reina ocorreu na madrugada do último domingo (sábado à noite em Portugal) durante as celebrações de Ano Novo. Um homem entrou dentro do espaço e abriu fogo indiscriminadamente sobre os presentes, matando 39 pessoas e ferindo 69. O Daesh já assumiu a autoria do atentado.