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Presidente checo opõe-se a "qualquer acolhimento de migrantes"

O Presidente checo, Milos Zeman (na imagem), opõe-se ao projeto do Governo de acolher até 2017 cerca de 2.700 refugiados que atualmente se encontram em países mediterrânicos, por temer ataques terroristas, anunciou hoje o seu porta-voz.

Presidente checo opõe-se a "qualquer acolhimento de migrantes"
Notícias ao Minuto

16:35 - 02/08/16 por Lusa

Mundo Porta-voz

"O Presidente opõe-se a qualquer acolhimento de migrantes em território checo. O nosso país não pode permitir-se correr o risco de ataques terroristas como aqueles que foram perpetrados em França e na Alemanha", afirmou Jiri Ovcacek.

"Dito de outra forma, ao acolher migrantes, criaríamos um ambiente propício a ataques terroristas no território da República Checa", prosseguiu Ovcacek, em conferência de imprensa transmitida em direto pela televisão pública CT 24.

A República checa deveria receber, no total, 2.691 refugiados até 2017, segundo o Governo tripartido de centro-esquerda do primeiro-ministro social-democrata, Bohuslav Sobotka.

Numa primeira fase, o executivo comprometeu-se voluntariamente a acolher 1.100 refugiados provenientes de Itália e da Grécia, no âmbito do programa de relocalização. Esse número foi posteriormente revisto em alta, passando para 2.691 pessoas.

O afluxo de migrantes à Europa é "absolutamente incontrolável e descontrolado", afirmou Ovcacek, em resposta à pergunta de uma jornalista sobre se o Presidente estava disposto a receber aqueles refugiados que fugiram à guerra e já se encontram na Europa.

"É preciso admitir, e vemo-lo também na Alemanha, que não somos capazes de distinguir entre os migrantes económicos e os refugiados [que fogem de uma situação] de guerra", disse o porta-voz.

Conhecido pela sua hostilidade à imigração, Milos Zeman tinha já criticado no domingo a política da mão estendida aos refugiados preconizada pela chanceler alemã, Angela Merkel, chegando mesmo a classificá-la como "destituída de sentido".

"Penso que a chanceler deveria mudar de opinião. Deveria reconhecer que a 'Wilkommenskultur' ('cultura de boas-vindas') se revelou destituída de sentido e que a Alemanha não é capaz de absorver uma tal quantidade de refugiados, sobretudo havendo jihadistas entre eles", disse o chefe de Estado checo.

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