ONU alerta para condições da população em zonas do noroeste da Nigéria
O Gabinete de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU (OCHA) alertou hoje para o nível de desnutrição e as más condições dos habitantes das zonas do nordeste da Nigéria recuperadas ao grupo radical islâmico Boko Haram.
© Reuters
Mundo Boko Haram
As agências humanitárias conseguiram aceder à região depois do exército da Nigéria ter recuperado o controlo de zonas do estado de Borno, fronteiriço ao lago Chade.
"A melhoria de segurança permitiu o acesso das equipas humanitárias (...). As condições que observamos são devastadoras", disse o coordenador humanitário da ONU para a Nigéria, Munir Safieldin, num comunicado.
"O governo da Nigéria e as organizações humanitárias reforçaram a sua capacidade de assistência de emergência, mas a situação requer uma resposta mais ampla e mais rápida", adiantou.
Falando em Genebra, o porta-voz do OCHA, Jens Laerke, indicou que mais de meio milhão de pessoas necessitam de alimentos urgentemente.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) estima que quase 250.000 menores de cinco anos sofrem de desnutrição grave, pelo que um em cada cinco morrerão se não receberem o tratamento adequado.
Quanto ao fundo de ajuda da ONU para o país, que tem servido sobretudo para lidar com as emergências criadas pelo conflito com o Boko Haram, só obteve 22 por cento do seu orçamento de 279 milhões de dólares (250,7 milhões de euros).
O Boko Haram, que pretende instaurar um estado islâmico no norte da Nigéria, maioritariamente muçulmano, ao contrário do sul, de maioria cristã, já causou pelo menos 20.000 mortos e mais de 2,6 milhões de deslocados desde 2009.
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