Irão admite reduzir a produção de petróleo quando chegar aos quatro milhões de barris
O Irão está disposto a considerar uma redução na produção de petróleo para estabilizar as cotações internacionais quando alcançar os quatro milhões de barris diários previstos para recuperar a quota que tinha antes das sanções.
© Reuters
Mundo Estabilidade
Em declarações à agência oficial iraniana IRNA, o ministro do Petróleo da República Islâmica, Bijan Zangané, disse que atingida a meta dos quatro milhões de barris poderá pensar em cooperar na estratégia de redução da oferta mundial de petróleo.
"Já manifestámos a nossa opinião sobre a congelação da produção e considero que até termos alcançado os quatro milhões de barris por dia, deviam deixar-nos em paz. Quando atingirmos esse nível de produção, então poderemos cooperar", declarou o governante.
O ministro iraniano referia-se ao pré-acordo assinado em meados de fevereiro entre a Rússia, a Arábia Saudita, o Qatar e a Venezuela para congelar a produção ao nível de janeiro de 2016 e, assim, tentar travar a queda dos preços do barril, que a 11 de fevereiro atingiu o nível mais baixo em quase 13 anos.
Quando o pré-acordo foi tornado público, o ministro iraniano considerou-o "uma piada", tendo sido comentado que "o Irão não irá impor sanções a si próprio depois de anos de sanções".
A 16 de janeiro, os EUA, a União Europeia e o Conselho de Segurança das Nações Unidas levantaram todas as sanções que aplicavam ao Irão devido ao seu programa nuclear.
As declarações Bijan Zangané acontecem antes de uma visita a Teerão do ministro russo da Energia, Alexander Novak, em que deverão ser discutidas as políticas sobre o petróleo.
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