Sobreviventes de Hiroshima pedem que não se reative a central nuclear
Um grupo de cidadãos da cidade japonesa de Hiroshima, incluindo sobreviventes do bombardeamento atómico de 1945, intentaram uma ação junto de um tribunal local para evitar a reativação de uma central nuclear da zona.
© Reuters
Mundo Cidadãos
Os demandantes pedem ao Tribunal do Distrito de Hiroshima, no sudoeste do Japão, que ordene a suspensão do processo de reativação da central de Ikata, face ao risco de ocorrer um acidente idêntico ao verificado em Fukushima, causado por um terramoto seguido de um tsunami a 11 de março de 2011.
Os três reatores de Ikata encontram-se desativados, mas a proprietária da central, a Shikoku Electric, prevê voltar a operacionalizar uma unidade ainda esta primavera, após obter luz verde da Autoridade de Regulação Nuclear (NRA).
O grupo de demandantes é composto por 67 pessoas, incluindo 18 "hibakusha", nome pelo qual são conhecidos no Japão os sobreviventes dos bombardeamentos atómicos na II Guerra Mundial.
A ação foi apresentada no mesmo dia em que o Japão assinala os cinco anos do desastre de Fukushima com uma série de atos de homenagem às vítimas e uma cerimónia solene em Tóquio, que vai contar com políticos e outros dignitários e com a família imperial japonesa.
A iniciativa também surge dois dias depois de um tribunal ter dado razão a uma ação interposta por um grupo de pessoas que considera que o funcionamento de outra central japonesa (em Takama) representa um perigo para a região em face da possibilidade de sofrer um acidente idêntico ao de Fukushima.
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