China promete combate à corrupção "sem descanso"
O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, prometeu hoje prosseguir o combate à corrupção "sem descanso" e novas medidas para acabar com o seu "caldo de cultivo" na segunda economia mundial.
© Reuters
Mundo Li Keqiang
"Castigaremos todos os comportamentos que constituam violações flagrantes de disciplina", assegurou Li, perante a Assembleia Nacional Popular (ANP), o órgão máximo legislativo chinês, que abriu hoje os trabalhos da sua reunião anual.
O primeiro-ministro acrescentou que a "supervisão da administração" será apertada e que "todo o Governo será submetido a auditorias".
Segundo Li Keqiang, serão limitados certos poderes e adotadas "novas formas de supervisão" para "erradicar o caldo de cultivo da corrupção".
O primeiro-ministro assegurou que serão tomadas medidas contra "o hedonismo e a extravagância".
O Governo chinês lançou uma campanha anticorrupção depois de o Presidente Xi Jinping ter chegado ao poder, há três anos, que já atingiu milhares de pessoas, incluindo altos cargos e chefias militares.
Só no ano passado, mais de 300 mil pessoas foram penalizadas de alguma forma por práticas consideradas corruptas, segundo dados do próprio Governo.
O primeiro-ministro chinês apresentou hoje à ANP as linhas gerais do XIII Plano Quinquenal 2016-2020, segundo as quais a China vai, por outro lado, desenvolver "um sistema mais integrado de segurança nacional", com novos instrumentos de censura e contraespionagem.
Segundo o documento apresentado aos legisladores chineses, que será debatido nos próximos dias e aprovado a 16 de março, a China vai criar novas forças antiterrorismo e de contraespionagem e "aumentará a luta contra os elementos inimigos no ciberespaço", pelo que "as opiniões públicas serão reguladas e controladas de forma mais apertada".
Por outro lado, "a segurança nas áreas ideológicas será salvaguardada" para defender "o poder e a soberania do estado, prevenir e acabar com a infiltração e a atividade subversiva de forças inimigas", assim como "outras atividades que envolvam terrorismo, separatismo e extremismo religioso".
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