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Tropas israelitas já começaram a sair de Gaza

Imagens mostram tanques de guerra israelitas a abandonarem a Faixa de Gaza.

Tropas israelitas já começaram a sair de Gaza Vídeo

© X/OrHeller

Andrea Pinto com Lusa
10/10/2025 09:08 ‧ há 10 horas por Andrea Pinto com Lusa

As forças militares israelitas já começaram a sair de Gaza.

 

Vídeos registados no local e partilhados nas redes sociais permitem ver tanques de guerra a sair do local.

A saída acontece depois de ter sido confirmado que Israel aprovou o acordo de cessar-fogo proposto pelos Estados Unidos da América.

Segundo o The Times of Israel, estas tropas irão assumir as linhas de posicionamento acordadas, como parte do acordo com o Hamas, para garantir a libertação de todos os reféns.

A retirada gradual das tropas permitiu que a população regressasse a bairros da Cidade de Gaza, como Tal al-Hawa e Sheikh Radwan, mas o movimento do sul para o norte do enclave continua proibido, com ataques de artilharia dissuasivos e vigilância por drones.

As tropas continuam estacionadas em zonas militares como o Corredor Netzarim, que divide Gaza em duas partes, desde o Kibutz Beeri até ao Mediterrâneo, o Corredor Filadélfia e o Eixo Morag, a sul.

Israel aprova acorde paz

O Governo israelita aprovou esta quinta-feira à noite o acordo de paz inicial com o Hamas, que inclui a libertação de todos os reféns israelitas e a retirada parcial do Exército de Israel da Faixa de Gaza.

"O governo acaba de aprovar o acordo para a libertação de todos os reféns --- vivos ou mortos", anunciou em comunicado o gabinete do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu.

A aprovação surge após horas de reuniões entre ministros israelitas com Netanyahu e com o enviado especial do presidente norte-americano, Donald Trump, para o Médio Oriente, Steve Witkoff, e o genro do presidente norte-americano, Jared Kushner.

A ratificação do acordo era o último passo esperado para implementar os mecanismos previstos nesta primeira fase do plano lançado por Trump, que o Hamas também aceitou na madrugada de quinta-feira.

O acordo prevê um cessar-fogo em Gaza 24 horas após esta assinatura final, como confirmado por Tal Heinrich, porta-voz do gabinete do primeiro-ministro israelita.

O Hamas terá 72 horas para iniciar a libertação e a entrega dos reféns ao Comité da Cruz Vermelha, que decorrerá à porta fechada e sem as cerimónias organizadas pelo Hamas durante as tréguas anteriores.

Antes de tornar público o anúncio, Netanyahu dirigiu-se aos seus ministros, a Witkoff e a Kushner, na reunião para reconhecer o momento crucial no caminho para alcançar "um dos principais objetivos de Israel", o regresso dos reféns.

"Não teríamos conseguido sem a ajuda extraordinária do Presidente Trump e da sua equipa, Steve Witkoff e Jared Kushner", acrescentou o primeiro-ministro israelita.

O plano de paz de 20 pontos elaborado por Trump para pôr fim à guerra em Gaza foi negociado no Egito desde segunda-feira entre delegações de Israel e do Hamas, com mediadores.

O plano de Trump inclui ainda o desarmamento do Hamas, a retirada de Israel do enclave, a formação de um governo de transição na Faixa de Gaza e, a longo prazo, eventuais negociações para a criação de um Estado palestiniano --- uma opção que, no entanto, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afastou.

O Hamas disse concordar com alguns dos pontos e que queria negociar outros, o que está a acontecer desde segunda-feira no Egito, e anunciou que já trocou com Israel listas de detidos a libertar.

O movimento, que tem protagonizado ações terroristas em defesa da causa palestiniana, anunciou ter entregado a lista de prisioneiros que pretende ver libertados às autoridades israelitas, mas Israel ainda não se pronunciou.

Cerca de 250 são pessoas condenadas à pena perpétua e outras 1.700 são presos na sequência do atentado de 07 de outubro de 2023.

A guerra em curso na Faixa de Gaza foi iniciada quando o grupo islamita radical Hamas, que controla este território palestiniano, atacou solo israelita, a 07 de outubro de 2023, provocando 1.200 mortos e fazendo 251 reféns.

A retaliação de Israel já fez mais de 67 mil mortos entre os palestinianos, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.

As Nações Unidas declararam no mês passado uma situação de fome em algumas zonas do enclave.

Leia Também: Governo israelita aprova acordo de paz inicial com o Hamas

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